“Muitas adolescentes ficam grávidas porque querem segurar o parceiro ao seu lado. Ao contrário do que as pessoas pensam, apenas uma pequena fração engravida por acidente.”. A afirmação é da pediatra e coordenadora do Programa de Planejamento Familiar da Secretaria Municipal de Saúde, Edith Di Giorgi. [...]
Edith acredita que, na adolescência, as jovens não possuem a bagagem necessária para criar uma criança. “Quando a gravidez ocorre nesse momento, a adolescente tem de aprender a cuidar de um bebê em um período em que ela mesma ainda precisa de cuidados”.
A pediatra explica que no programa pré-natal da rede pública são feitas entrevistas com as adolescentes grávidas. “Invariavelmente, descobrimos que o motivo que levou à gravidez está ligado à falta de perspectiva, sensação de invisibilidade perante os familiares ou mesmo como uma tentativa de fuga de uma vida difícil.”
Muitas garotas, segundo Edith, enxergam na construção de sua própria família – com a criança e o parceiro – a chance de deixar para trás as dificuldades na relação com os pais. “Elas idealizam o filho como uma boneca. Na verdade, com as crianças vêm as responsabilidades que não haviam previstas pelas jovens.” [...]
Meta é fazer jovem ter projeto de vida
Edith Di Giorgi afirma que a Secretaria Municipal de Saúde está colocando em prática junto às escolas da rede pública abordagens que motivem os adolescentes a refletirem sobre as mudanças resultantes de uma gravidez na adolescência. “Não adianta fazermos campanhas autoritárias e moralistas. Temos de fazer os jovens pensar sobre o que quer para si. A intenção é incentivá-lo a fazer projetos para sua vida.”
Edith acredita que a chance de crianças planejadas serem amadas por seus pais são muito maiores. “Os jovens querem estudar, se formar, ter um bom emprego e uma vida confortável. Queremos que eles entendam que, na vida real, uma gravidez é um projeto que deve ser pensado cuidadosamente.”
Território jovem
No Jardim Ipiranga já está funcionando o primeiro consultório ginecológico voltado para adolescentes fora dos centros de saúde de Sorocaba (SP). Edith explica que a ideia surgiu de uma necessidade. “Percebemos que muitas adolescentes não se consultavam nos centros de saúde porque não queriam que seus pais ou conhecidos soubessem que elas têm vida sexual ativa.”
Com o novo consultório, dezenas de adolescentes têm procurado semanalmente informações sobre métodos anticoncepcionais.
6. Leia a afirmação de outro médico pesquisador sobre os motivos que levam as adolescentes a engravidar.
Acredito que isso aconteça [...] pelo que chamamos de pensamento mágico das adolescentes. A dimensão temporal, a atitude, não são racionalizadas. Fica uma coisa meio mágica. Isso não vai acontecer comigo. Eu sou muito novinha...
Quando ela fala isso (muito novinha), está dizendo que para ela esse tipo de coisa de ficar grávida numa relação só acontece com mulheres adultas. E ela não se considera como tal.
a) Segundo o médico, o que seria esse “pensamento mágico” das adolescentes?
b) Você concorda que esse pode ser outro motivo que leva algumas adolescentes a engravidar? Por quê?
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a- seria o fato de muitas adolescentes pensarem que isso não aconteceria com elas.
b- sim, pois além de elas pensarem que cuidar de um bêbê se assemelha á cuidar de uma boneca e que assim vai segurar o parceiro ao seu lado, elas acham que a possibilidade de engravidar por ter uma relação sem camisinha seria muito baixa e só acontece com mulheres vividas e experientes.
b- sim, pois além de elas pensarem que cuidar de um bêbê se assemelha á cuidar de uma boneca e que assim vai segurar o parceiro ao seu lado, elas acham que a possibilidade de engravidar por ter uma relação sem camisinha seria muito baixa e só acontece com mulheres vividas e experientes.
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