Artes, perguntado por amanda77379, 10 meses atrás

mudar os valores é ser inocente?​

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Respondido por AnninhaAlves15
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Uma pessoa boa sempre tem uma pitada de inocência. Seus olhares são mágicos e seus sorrisos sinceros, mas seu coração às vezes esconde derrotas secretas. Feridas caladas por ter esperado demais de quem nunca lhe deu nada e lágrimas engolidas por alguém que brincou com a sua nobre alma, imensa, mas inocente.

Uma interessante pesquisa realizada pela Universidade de Stanford (EUA) mostrou que a bondade é percebida como uma forma maravilhosa e excepcional de conexão com as pessoas. Agora, apesar de um traço muito valorizado socialmente, há quem veja na pessoa boa esse estilo de personalidade que pode ser facilmente manipulada em benefício próprio.

A pessoa boa pode ser um tanto inocente, mas a sua inocência é o reflexo da nobreza, nunca da ingenuidade. Por isso, apesar de serem os últimos a darem tudo de si nas suas batalhas pessoais, também são os primeiros a não voltar.

Uma coisa curiosa a considerar é que quem sempre age com o coração na frente, sem medir esforços nem esperar benefícios, não costuma mudar com o tempo. Não é tão fácil arrancar a própria essência, porque mesmo que os desprezos, as decepções ou as pequenas traições doam, ninguém pode fugir da sua própria identidade.

As pessoas boas são, acima de tudo, autênticas, e ser autêntico é ser você mesmo, sempre guiado pela sinceridade interior. Ali onde não cabem os fingimentos, as mentiras ou o egoísmo.

A pessoa boa e a compaixão

Se até pouco tempo atrás, na hora de definir as pessoas boas, costumávamos falar de empatia, reciprocidade, altruísmo e respeito, a Universidade de Psicologia de Stanford nos mostra que é necessário incluir mais uma dimensão que amarra cada peça, cada nuance e cada grito dessas almas mais nobres: a compaixão.

Este aspecto psicológico se liga diretamente com o mais íntimo das nossas emoções, até reverberar inclusive muitas partes desse cérebro social no qual reside uma clara preocupação por outro ser. A compaixão é, portanto, uma resposta emocional ao perceber o sofrimento alheio nos outros e pelo qual a pessoa sente um autêntico desejo de ajudar.

Se a pessoa boa mostra uma sutil mas cativante camada de inocência, de forma alguma é por ingenuidade ou por não saber analisar o risco de tal investimento pessoal a ponto de dar tudo em troca de nada. O “instinto de compaixão” é uma coisa inata em muitas pessoas, é um tipo de motivação intrínseca onde não se busca recompensa alguma, nenhum benefício.

Essa inocência é, portanto, uma coisa genética, um traço maravilhoso que, segundo dizem os cientistas do “Instituto Max Planck”, também os bebês e muitos animais demonstram. Quando uma criança pequena, por exemplo, vê outro bebê chorando e percebe uma situação como sendo dolorosa ou ameaçadora, o seu ritmo cardíaco se eleva e suas pupilas se dilatam. Contudo, quando percebe que a outra criança recebe consolo e ajuda, ela também se acalma.

Poderíamos dizer que todos nós chegamos ao mundo com esse instinto natural de compaixão. Nossos cérebros exercem um mecanismo sofisticado de recompensa quando o sofrimento alheio desaparece, porque com isso se garante, no fim das contas, a sobrevivência da espécie.

Agora, à medida que crescemos e talvez por causa da influência de certos contextos, essa compaixão natural desaparece ou se enfraquece. Há quem, vendo outras pessoas praticando certos gestos de compaixão, longe de empatizar, ironize ou despreze.

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