Geografia, perguntado por deyse5220, 1 ano atrás

mudanças na mapa múndi a partir dos anos90​

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Respondido por yasminSolza
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Parte central do continente europeu hoje. A imagem mostra como essa porção se dividia até 1989. Separadas durante quase meio século, as duas Alemanhas – Oriental e Ocidental – se reunificaram em 1990. O mais correto, porém, é falar numa anexação ou incorporação da parte oriental pela ocidental (mais industrializada). Isso porque, com a reunificação, as leis, a moeda, as Forças Armadas, etc. da antiga Alemanha Oriental deixaram de existir e as da Alemanha Ocidental passaram a vigorar em todo o território alemão. A antiga Tchecoslováquia dividiu-se em República Tcheca (mais rica) e Eslováquia. Houve um acordo de lideranças para construir um Estado Nacional para cada uma das etnias predominantes no país: os tchecos e os eslovacos. Esses exemplos mostra, como o mapa político está sempre sujeito as mudanças, a redefinições de fronteiras entre Estados.

Em 1988 havia 170 países na superfície terrestre; em 1995, já eram mais de 190. Basta lembrar a antiga Alemanha oriental, hoje uma província na nova Alemanha reunificada. Ou a antiga Tchecoslováquia, hoje dividida em dois novos Estados-nações; a República Tcheca e a Eslováquia. Mas as mudanças mais surpreendentes aconteceram na antiga Iugoslávia e Na União Soviética. A Iugoslávia, além de ter sido dividida em cinco países (croácia, Eslovênia, Bósnia, Macedônia e Iugoslávia), conheceu uma das superpotências mundiais até o final dos anos 80, viu-se dividida em 15 nações independentes.

É certo que sempre surgem alterações no mapa-múndi, que afinal, nunca é permanente. Mas, nestes últimos anos, as alterações foram rápidas, profundas e inesperadas. Podemos considerar esses três anos (1989 a 1991) como revolucionários, ou seja, um período de aceleração do tempo histórico, de mudanças radicais e irreversíveis. É possível comparar esse período a um outro do nosso século, por ocasião da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando também aconteceram mudanças profundas no mapa-múndi. Nesses dois momentos ocorreu não apenas uma série de redefinições de fronteiras, mas também a crise de uma ordem geopolítica mundial e a emergência de uma outra.

Antes da Segunda Grande Guerra havia uma ordem mundial multipolar, ou seja, com base em vários polos ou centros de poder que disputavam a hegemonia (supremacia) internacional: a Inglaterra, grande e exclusiva potencia planetária no século XIX e que conhecia uma decadência progressiva desde o final desse século; a França e em especial a Alemanha, grandes concorrentes no continente europeu também na colonização da África e da Ásia; os Estados Unidos, que já haviam se tornado uma grande potencia no continente americano; o Japão, que se lançava numa aventura expansionista no leste e sudeste da Ásia; e por fim a imensa Rússia, sempre militarizada e disposta a guerras de conquistas territoriais.

A Primeira Guerra (1914-1918) e, especialmente, a Segunda Guerra Mundial foram momentos de desiquilíbrio nessa ordem multipolar, de acirramento das disputas entre as grandes potências. O final da Segunda Guerra trouxe um novo cenário: as potencias europeias estavam arrasadas e logo os seus impérios coloniais na África e na Ásia desmoronaram; o Japão também saiu arrasado da guerra e perdeu as áreas que havia conquistado no Extremo Oriente (Coréia, Manchúria, partes da Sibéria, etc.). Duas novas potencias mundiais – os Estados Unidos e a União Soviética – passaram a dividir o mundo entre si. Foi a época da bipolaridade, da ordem mundial bipolar – baseada em dois polos ou centros de poder – , que durou cerca de 45 anos, desde o final da Segunda Guerra até por volta de 1991.

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A União Soviética durou cerca de setenta anos, de 1922 até dezembro de 1991, ocasião em que se consolidou a tendência de separatismo que existia desde o final dos anos 80 nas quinze ex-repúblicas que a formavam e que atualmente são países independentes . Esse imenso país foi um dos mais importantes do século XX, juntamente com os Estados Unidos. Todavia a União Soviética foi sempre um estado multiétnico e multinacional, com diferentes etnias e nacionalidades que sempre se queixavam do domínio russo. A grande herdeira da União Soviética foi a Rússia.

O mundo multipolar foi marcado pela disputa entre capitalismo e o socialismo, tidos como dois sistemas socioeconômicos alternativos e até antagônicos. Cada grande potência mundial – ou superpotências, liderava o seu bloco ou conjunto de países: os Estados Unidos eram o líder econômico e político – militar do mundo capitalista, e a União Soviética era guardiã e exemplo a ser seguido no antigo mundo socialista. Essa ordem mundial entrou em crise no final dos anos 80, devido a um maior crescimento de outros centros capitalistas (o Japão e a Europa ocidental), que passaram a disputar ou dividir a supremacia internacional com os Estados Unidos, e ao esgotamento do modelo socialista (em particular a economia planificada) adotado pela União Soviética e demais países desse bloco. Aí entramos nos anos 90, na chamada nova ordem mundial

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