Filosofia, perguntado por FilipeDuqueFlores, 1 ano atrás

Moral é subjetiva ou objetiva?

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Respondido por mariacecilia1232
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A moral subjetiva é formada de convenções humanas, e pode variar conforme a sociedade, ela não tem o objetivo de ser Universal.


Já a moral objetiva é aquela que independe de convenções humanas, do tempo, de emoções  etc. A moral objetiva descarta sua origem humana, porque a origem dela é atribuída a  um legislador Externo, isto é, Deus. E tem o objetivo claro de ser Universal.


Um exemplo de moral subjetiva:

Em algumas tribos não é imoral matar crianças que nasçam deficientes.


Na moral objetiva, matar essas crianças é errado universalmente.


Os efeitos de uma moral subjetiva:


Por exemplo, um império dominante, impõe a sua moral sobre os outros, e nessa moral  está a barbarização dos dominados, tivemos exemplos disso em vários Impérios, e até mesmo um exemplo recente: o nazismo.


Numa moral subjetiva, atitudes como matar e torturar terceiros pode não ser errado, pois a moral subjetiva está na cabeça de cada um, ou de cada sociedade no caso.

Respondido por abnerJSE
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Resposta: A Moral é objetiva.

Explicação: O argumento da relativização da moral pode ser resumido da seguinte maneira:

Premissa 1 – O que se crê ser moral muda de cultura para cultura e de época para época.

Premissa 2 – O que é moral depende do que se crê ser moral.

Conclusão – Portanto, o que é moral muda de cultura para cultura e de época para época.

Bom, Esse argumento soa normal, pois apela para o fenômeno observado de que culturas se comportam diferentes. Porém, ele é falacioso: ninguém acreditaria na Premissa 2 a não ser que já aceitasse a conclusão. Ou seja, o argumento é uma petição de princípio, pois pressupõe a conclusão na premissa.

Mais do que isso, dizer que a moral é relativa por causa de diferentes opiniões e interpretações é como dizer que a ciência é relativa só porque existem cientistas evolucionistas e cientistas que acreditam em uma Terra Jovem.

Ou seja, a moral não pode ser subjetiva, mas sim objetiva.

Se a moral não é relativa, como saber se ela é objetiva?

Mas, se o relativismo é tão frágil, o que podemos dizer para validar a objetividade dos valores e  deveres morais?

Em primeiro lugar, podemos destacar que essa é uma crença apropriadamente básica. Uma  crença apropriadamente básica é uma crença que é aceita racionalmente mesmo que não haja  evidência para ela, e que pode ser aceita com base na experiência. Por exemplo, sua crença de que o mundo externo existe e você não é um cérebro em um pote sendo estimulado por um cientista maluco para crer que o mundo existe é uma crença racional, embora você não tenha evidência para ela. O mesmo vale para a crença de que o passado é real e não foi criado há apenas cinco minutos com a aparência de uma idade. Esses são exemplos comuns de crenças  apropriadamente básicas.

É preciso um anulador para se demonstrar que essa crença é falsa. No caso dos valores e deveres morais, nós fazemos julgamentos morais todos os dias. Todos nós sabemos que matar,

roubar e trair é errado. Ou ainda mais: Todos nós sabemos que torturar bebês, homossexuais e judeus é algo errado. Não existe nenhuma cultura em toda a história que tenha esperado e  acreditado em um herói que tinha como características ser injusto, traidor, assassino, torturador, etc...

Nosso senso de moral objetiva está por toda parte em todo o tempo. Quando vemos a notícia de um assassinato, de um estupro, ou de um político corrupto, nós diretamente fazemos o  julgamento de que isso é errado. Do mesmo modo, sabemos que amar crianças, defender o inocente e ajudar um amigo são coisas boas e certas.

Se a moral não é objetiva, o que torna um ato errado? No naturalismo, o ser humano é apenas um monte de células rearranjadas, não diferentes de uma cadeira. Então, dado o ateísmo, qual a  diferença entre se quebrar uma cadeira e matar uma pessoa? Fica claro, que há uma diferença fundamental entre ambos: O ser humano tem valor, e direito ao respeito e à dignidade.

Sem que haja um anulador para essas crenças, não há motivo para duvidar. E, como vimos, os dois argumentos dos relativistas falham miseravelmente.

Alguns podem retrucar dizendo que a evolução pode funcionar como uma explicação naturalista para explicar nosso senso de moral como algo bom para a sobrevivência. Nesse caso, teríamos desenvolvido valores e deveres morais para ajudar a espécie a sobreviver.

Há dois problemas aqui: Primeiro, isso explicaria como conhecemos a moral, mas não sua realidade. Se os valores e deveres morais objetivos existem, então é irrelevante como viemos a conhecê-los. Se for dito que são meras ilusões que cremos por causa da evolução, então se comete a falácia genética. Ou seja, se ataca a verdade de algo atacando como se originou.

Em segundo lugar, esse argumento mostra como o naturalismo é auto-contraditório. Se os valores e deveres morais são mentiras criadas para a sobrevivência, então isso demonstra que a evolução não se preocupa com a verdade, mas apenas com a sobrevivência. Se esse é o caso, então as crenças geradas pela evolução não são verdadeiras, mas são apenas úteis para a sobrevivência. E isso inclui a própria crença no naturalismo do naturalista.

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