Momento num café
Quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida.
Confiantes na vida.
Um no entanto se descobriu num gesto longo e demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade
Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta.
Manuel Bandeira
Absorto: absorvido, voltado para os próprios pensamentos
Esquife: caixão
1) Comentar a oposição entre as duas estrofes, destacando a relação existente entre o advérbio maquinalmente e os versos “Absortos na vida/ Confiantes na vida”.
2) Explique o conceito de vida e morte apresentado pelo eu lírico do poema.
Soluções para a tarefa
- A resposta sobre o texto Momento num café é: 1) As estrofes se opõem porque na primeira estrofe a atitude dos homens em tirar o chapéu de maneira mecânica, sem dar atenção, porque já morreu e ficavam envolvidos com a vida; na segunda estrofe, o homem contempla o esquife e acompanha com o olhar, porque valoriza aquela matéria, alguém que já se libertou dessa vida traiçoeira. 2) O eu lírico apresenta a vida como algo traiçoeiro, agitada e sem finalidade e a morte aparece como libertação.
- O poema "Momento num café" , de Manuel Bandeira, aborda a vida e a morte diferenciando-as.
Lendo e entendendo o poema
Para entender o poema e responder é necessário:
1. Ler o poema, quantas vezes forem necessárias;
2. Ler a pergunta;
3. Ler tentando extrair a resposta, através da reflexão.
Agora, vamos às respostas:
Respostas:
- 1) As estrofes se opõem porque na primeira estrofe a atitude dos homens em tirar o chapéu de maneira mecânica, sem dar atenção, porque já morreu e ficavam envolvidos com a vida; na segunda estrofe, o homem contempla o esquife e acompanha com o olhar, porque valoriza aquela matéria, alguém que já se libertou dessa vida traiçoeira.
- 2) O eu lírico apresenta a vida como algo traiçoeiro, agitada e sem finalidade e a morte aparece como libertação.
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1. A poesia "Momento num café", de Manuel Bandeira, estabelece uma relação de oposição entre a atitude dos homens mencionados na primeira estrofe, que não se sentem reflexivos diante de uma situação de morte, e a ação daquele citado na segunda estrofe, que, na ocasião, põe-se a pensar acerca da fragilidade da vida.
O advérbio "maquinalmente" no poema
No texto, o termo "maquinalmente" caracteriza uma atitude automática dos homens que, assistindo ao enterro, retiravam seus chapéus por mera cerimônia, sem que tal gesto fosse carregado de algum significado; "absortos na vida, confiantes na vida".
2. O eu lírico do poema apresenta um posicionamento inconclusivo quanto ao sentido da vida, que, segundo ele, revela-se implacável e traiçoeira no momento da morte, momento descrito pela voz poética do texto como a ocasião em que o corpo se liberta para sempre da alma.
A antítese no texto
Manuel Bandeira constrói seu poema, "Momento num café", sobre uma relação de antítese entre os conceitos de vida e morte; a antítese é uma figura de linguagem que consiste em, num mesmo contexto semântico, abordar duas ideias opostas entre si.
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