Minha desgraça
Minha desgraça, não, não é ser poeta,
Nem na terra de amor não ter um eco,
E meu anjo de Deus, o meu planeta
Tratar-me como trata-se um boneco...
Não é andar de cotovelos rotos,
Ter duro como pedra o travesseiro...
Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido
Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro...
Minha desgraça, ó cândida donzela,
O que faz que o meu peito assim blasfema,
É ter para escrever todo um poema,
E não ter um vintém para uma vela.
AZEVEDO, A. de. In: Lira dos Vinte Anos. Porto Alegre: L&PM, 1998.
No poema anterior, de um dos representantes da segunda geração da poesia romântica brasileira, o enunciador
a) demonstra os seus sentimentos pela amada.
b) descreve a realidade da criação de um poema.
c) busca a solidariedade do receptor do seu texto.
d) procura convencer o leitor da inutilidade da poesia.
e) critica com objetividade o materialismo da sociedade.
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