Millôr Fernandes, recentemente falecido, foi um dos nossos mais famosos artistas da palavra, tornando-se notável pela ironia com que construía frases sobre coisas e pessoas do cotidiano.
Veja algumas delas:
I. Há duas coisas que ninguém perdoa: nossas vitórias e nossos fracassos.
II. Nós, os humoristas, temos bastante importância para ser presos e nenhuma importância para ser soltos.
III. Mestre, respeito o Senhor,
Mas não a sua Obra:
Que paraíso é esse
Que tem cobra?
Nesses três textos, Millôr usa o seu humor cáustico valendo-se de duas funções sintáticas que muitas vezes são confundidas: aposto e vocativo. A esse propósito, pode-se afirmar que Millôr utiliza
a) dois vocativos, no texto I, que esclarecem coisas não perdoadas.
b) um vocativo seguido por um aposto, no texto II, para designar um paradoxo.
c) um aposto que atribui ao Senhor a condição de mestre.
d) apostos nas frases I e II, sendo o primeiro de caráter distributivo.
e) vocativos nas frases II e III, indicando os interlocutores das mensagens.
Soluções para a tarefa
Respondido por
0
Resposta:
e)
Explicação:
Os vocativos estão presentes de fato apenas na II e na III
Respondido por
2
d) apostos nas frases I e II, sendo o primeiro de caráter distributivo.
Na frase I, as duas coisas não perdoáveis são “distribuídas” por meio das palavras vitórias e fracassos. Na frase II, o aposto “humoristas” explica o sujeito “nós”. Destaque-se que, em III, “Mestre” é o vocativo e não há aposto.
Perguntas interessantes