Michel Pollak, no texto “Memória, esquecimento, silêncio” (1989) destacou e chamou para os processos de dominação e submissão das diferentes versões e memórias, apontando para a fragmentação entre a memória oficial e dominante e “memórias de grupos excluídos”, marcadas pelo silêncio, pelo não dito, pelo ressentimento. O clássico caso de quem vence, conta a versão da história como deseja. Esta separação pode aparecer não apenas nas relações entre um Estado dominador e a sociedade civil, como também entre a sociedade englobante e grupos minoritários. São lembranças “proibidas”, “indizíveis” ou “vergonhosas” que muitas vezes se opõem à mais legítima e poderosa das memórias coletivas: a memória nacional. Pollak, Michael (1989), “Memória, esquecimento e silêncio”, Estudos Históricos, 3, 3-15. Esse processo chamamos de:
Soluções para a tarefa
Resposta:
memoria dominante
Explicação: Ao fazerem os registros da memória de um povo, os enquadradores de um tempo – pessoas que assumiram a tarefa de narrar as experiências coletivas – informam às futuras gerações acontecimentos, pessoas e lugares, além dos elementos simbólicos que cercaram os eventos selecionados que, naquele contexto, merecem ser narrados. Embora a crítica sobre a história tenha denunciado a tendência adotada por parte de certos historiadores de narrar a experiência dos grupos sociais dominantes e de seus membros – reis, grandes generais, grandes homens de negócios–, grande tem sido o esforço de superar este historicismo e reconstruir a história, incluindo a experiência dos demais grupos sociais. Isso porque, segundo os críticos, a história, guardiã da memória, fazendo chegar ao presente somente os eventos que interessavam à classe dominante assume um papel ideológico, bem como cumpria o papel de reproduzir no futuro, os padrões culturais de uma classe, reafirmando poderes, subalternidades, definindo o que devia ser parte da memória celebrada de uma sociedade.
O processo de escolha das memórias e cristalização do que está autorizado a ser lembrado na sociedade é feito pelos grupos dominantes. O silenciamento de memórias que não interessam a esses grupos é chamado de enquadramento da memória ou controle da memória coletiva.
Memória
Pollak define a memória como uma construção coletiva organizada a partir do presente, mas com heranças do passado. A memória oficial passa pelo processo de enquadramento da memória, é elaborada pelos grupos dominantes e transmite sua ideologia. Ela é a destituição dos homens simples no fazer história.
Pollak afirma que as memórias subterrâneas, das culturas dominadas, sobrevivem silenciosamente até que em crises e contextos que os favoreçam, elas emergem e entram em disputa com a memória dominante.
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