MEU AMIGO DE INFÂNCIA
“Aos treze anos da minha idade, e três da sua, separamo-nos, o meu cajueiro e
eu. Embarco para o Maranhão, e ele fica. Na hora, porém, de deixar a casa, vou
levar-lhe o meu adeus. Abraçando-me ao seu tronco, aperto-o de encontro ao
meu peito. A resina transparente e cheirosa corre-lhe do caule ferido. Na ponta
dos ramos mais altos abotoam os primeiros cachos de flores miúdas earroxeadas como pequeninas unhas de crianças com frio. — Adeus, meu
cajueiro! Até a volta! Ele não diz nada, e eu me vou embora. Da esquina da rua,
olho ainda, por cima da cerca, a sua folha mais alta, pequenino lenço verde
agitado em despedida.” Da esquina da rua, olho ainda, por cima da cerca, a sua
folha mais alta, pequenino lenço verde agitado em despedida. (CAMPOS, Humberto
de. Memórias 1886-1900. Rio de Janeiro, 1933)
1. Destaque do texto a frase que revela quem é o amigo do narrador.
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2. Explique, com suas próprias palavras, porque a separação dos amigos
acontece.
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Soluções para a tarefa
Respondido por
1
Resposta:
1- O amigo do narrador é seu cajueiro.
2- Os amigos se separam, pois o narrador está se mudando.
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