Mentalmente conversava com Rodrigo, dizia-lhe coisas. Seus olhos estavamsecos. Às vezes parecia que ela toda estava seca por dentro, incapaz de qualquer sentimento. No entanto a vida continuava e a guerra também. A Câmara Municipal de Santa Fé tinha aderido à Revolução. O velho Ricardo Amaral estava morto. Bento havia emigrado para o Paraguai com a mulher e o filho. Diziam que os imperiais tinham de novo tomado Porto Alegre. Bibiana não sabia nem queria saber se aquilo era verdade ou não. Não entendia bem aquela guerra. Uns diziam que os Farrapos queriam separar a Província do resto do Brasil. Outros afirmavam que eles estavam brigando porque amavam a liberdade e porque tinham sido espezinhados pela Corte. Só duma coisa ela tinha certeza: Rodrigo estava morto e rei nenhum, santo nenhum, deus nenhum podia fazê-lo ressuscitar. Outra verdade poderosa era a de que ela tinha dois filhos e havia de criá-los direito, nem que tivesse de suar sangue e comer sopa de pedra.
VERISSIMO, Érico. O continente. 34.ed. São Paulo: Globo, 1997. p.308-309)
Mesmo sendo uma obra de ficção, essa passagem do livro pode ser um retrato interessante destes acontecimentos históricos. Responda às questões em seu caderno:
1 Podemos dizer que o autor tem uma opinião negativa em relação ao acontecimento de uma guerra? Justifique.
2 Quais aspectos do levante dos farrapos podemos conhecer através da leitura deste texto? Justifique.
3 Quais os sentimentos da personagem Bibiana em torno da guerra?
Soluções para a tarefa
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1
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tbm quero saber a resposta
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