Português, perguntado por hojetemgoldoribamar9, 10 meses atrás

Menino de cidade — Papai, você deixa eu ter um cachorro no meu sítio? — Deixo. — E um porquinho-da- índia? E ariranha? E macaco e quatro cabritos? E duzentos e vinte pombas? E um boi? E vaca? E rinoceronte? — Rinoceronte não pode. — Tá bem, mas cavalo pode, não pode? O sítio é apenas um terreno no estado do Rio sem maiores perspectivas imediatas. Mas o garoto precisa acreditar no sítio como outras pessoas precisam acreditar no céu. O céu dele é exatamente o da festa folclórica, a bicharada toda e ele, que nasceu no Rio e vive nesta cidade sem animais. CAMPOS, P. M. Balé do pato e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1988. Nessa crônica, a repetição de estruturas sintáticas, além de fazer o texto progredir, ainda contribui para a construção de seu sentido, a) demarcando o diálogo desenvolvido entre o pai e o menino criado na cidade. b) opondo a cidade sem animais a um sítio habitado por várias espécies diferentes. c) revelando a ansiedade do menino em relação aos bichos que poderia ter em seu sítio. d) pondo em foco os animais como temática central da história narrada nessa prosa ficcional. e) indicando a falta de ânimo do pai, sem maiores perspectivas futuras em relação ao terreno.

Soluções para a tarefa

Respondido por Euzinha1307
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Resposta: c) revelando a ansiedade do menino em relação aos bichos que poderia ter em seu sítio.

Explicação:

Respondido por Armadillo
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A repetição das estruturas sintáticas na fala do menino, como vemos em "...E ariranha? E macaco e quatro cabritos? E duzentos e vinte pombas? E um boi?..." revela: c) a ansiedade do menino em relação aos bichos que poderia ter em seu sítio.

Interpretanto a Crônica

Pode-se perceber muitas coisas nessa crônica, além da repetição das estruturas sintáticas, que demonstra ansiedade do menino e grande expectativa com relação aos bichos que deseja ter, existe também o desalento do pai com o terreno, pois acredita que não é lá "grandes coisas".

O pai demonstra compreensão com os desejos do menino que cresceu sem animais, porém, explicita o crônista claramente, que o terreno é um local sem perspectivas em que serviria apenas como uma forma do garoto de idealizar e fazer planos.

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