Medgar Evers, o outro "Luther King" cujo assassinato gerou protestos nos EUA
EFE INTERNACIONAL por EFE 29/08/2013
O sonho de Martin Luther King era também o de Medgar Evers, um jovem negro filho de agricultores e veterano de guerra cujo assassinato, em junho de 1963, foi o ponto de partida para a Marcha sobre Washington pelos direitos civis, que foi lembrada ontem pelo seu 50º aniversário. A morte de Evers comoveu o país e foi inspiração para canções, poemas, livros e filmes em um ano sacudido pelos atentados racistas contra ativistas negros. Nina Simone e Bob Dylan escreveram músicas sobre a figura do jovem que ficariam para a história, enquanto o filme "Fantasmas do Passado" (1996), com Whoopi Goldberg e Alec Baldwin, relatou sua morte. Seu assassinato foi um incentivo a mais para as quase 300 mil pessoas que se reuniram no Monumento a Washington e perante as quais Martin Luther King proclamaria seu histórico discurso "I have a dream" ("Eu tenho um sonho"). Evers morreu no dia 12 de junho de 1963, poucas horas depois do discurso do então presidente americano, John F. Kennedy, a favor dos direitos civis. O jovem foi atingido pelas costas com um tiro de rifle ao voltar a sua casa após uma reunião com a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês), com a qual colaborava. Kennedy, que também seria assassinado cinco meses mais tarde, traçou com suas palavras daquela noite o início da legislação de justiça social mais radical na história dos Estados Unidos, a Lei de Direitos Civis de 1964. Um sonho que Evers compartilhou com Luther King, mas não pôde chegar a ver. Nascido em Decatur (Mississipi), no dia 2 de julho de 1925, era o terceiro dos cinco filhos de James e Jessie Evers, agricultores e trabalhadores de uma serraria. Sua morte, aos 37 anos de idade, comoveu todo o país e seus restos mortais receberam honras no famoso cemitério de Arlington, onde foi enterrado ao calor das mais de três mil pessoas que compareceram para dizer adeus. Criado em uma família humilde, Evers abandonou o ensino médio aos 17 anos para se alistar no Exército, ainda segregado, com o qual chegou a participar da Batalha da Normandia (junho de 1944) e alcançou a categoria de sargento. Em seu retorno da Europa, Evers começou a se envolver com algumas organizações locais de direitos civis, e em 1954, quando a Corte Suprema americana anulou a segregação nas escolas públicas, foi um dos primeiros negros a solicitar admissão na Faculdade de Direito da Universidade do Mississipi - que foi negada. Cansado das diferenças sociais entre brancos e negros, Evers participou da NAACP em busca de ajuda, e acabou se tornando um de seus mais importantes líderes. As ameaças de morte não demoraram a aparecer após seu envolvimento no caso de Emmett Till, um menino negro de apenas 14 anos sequestrado em agosto de 1955 por um grupo de homens brancos que haviam ouvido rumores de que Till estava flertando com uma mulher branca. O corpo do adolescente apareceu desfigurado no rio Tallahatchie, no Mississipi, três dias depois. Semanas antes de sua morte, Evers sofreu uma série de ameaças. Suas investigações públicas sobre o assassinato de Till e seu apoio notório a outras causas o transformaram em um alvo dos extremistas. No dia 28 de maio de 1963, um coquetel molotov foi lançado na garagem de sua casa, e cinco dias antes de sua morte, foi quase atropelado por um carro após sair do escritório da NAACP em Jackson, onde então vivia...
Sobre esse assunto, leia as seguintes assertivas:
I. Ao narrar Medgar Evers como o “outro Luther King Jr”, o texto apresentado permite pensar como a liderança de Luther King Jr, apesar de importante, fazia parte de uma rede de lideranças que tratavam de um debate em comum.
II. Ao ler o relato apresentado, é possível pensar em relações históricas entre os assassinatos de Emmett Till, Medgar Evers e à luta pelos direitos civis.
III. A bíblia escolhida por Barack Obama ao realizar o juramento como presidente dos EUA carrega um forte simbolismo para a história dos EUA e relacionada à luta pelos direitos civis dos negros.
IV. Segundo a notícia apresentada, o assassino de Medgar Evers foi inocentado ao final de todos os julgamentos por ter sido julgado “com júris compostos integralmente por brancos”.
Sobre a segregação racial nos EUA, quais assertivas estão corretas?
Escolha uma:
a. Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas.
b. As assertivas I, II, III e IV estão corretas.
c. Apenas as assertivas I e IV estão corretas.
d. Apenas as assertivas I e III estão corretas.
e. Apenas as assertivas I, II e III estão corretas. ********** CORRETO CORRIGIDO PELO AVA 11/03/19 ********
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Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
I. Ao narrar Medgar Evers como o “outro Luther King Jr”, o texto apresentado permite pensar como a liderança de Luther King Jr, apesar de importante, fazia parte de uma rede de lideranças que tratavam de um debate em comum.
II. Ao ler o relato apresentado, é possível pensar em relações históricas entre os assassinatos de Emmett Till, Medgar Evers e à luta pelos direitos civis.
III. A bíblia escolhida por Barack Obama ao realizar o juramento como presidente dos EUA carrega um forte simbolismo para a história dos EUA e relacionada à luta pelos direitos civis dos negros.
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Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
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