Química, perguntado por cutrimgabriel0, 4 meses atrás

me dê a campanha de uma vacinação bacana​

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Respondido por gustavocorrea710040
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Resposta:

Entre os instrumentos de política de saúde pública, a vacina ocupa, por certo, um lugar de destaque. No Brasil, as estratégias de vacinação têm alcançado altos índices de eficiência e servido de parâmetro para iniciativas semelhantes em outros países. Exemplos como os das campanhas contra a varíola e a poliomielite, bem como a proximidade da erradicação do sarampo em nosso território, demonstram os bons resultados dos programas de cobertura vacinal coordenados pelo Ministério da Saúde.

No entanto, apesar de seu sucesso, grande parte dos registros dessa história encontra-se sob o risco da perda, impossibilitando um melhor aproveitamento da experiência brasileira neste campo. Tal fato deve-se, entre outras razões, à ausência no âmbito da administração pública, de uma política efetiva de arquivos que oriente e estimule a preservação criteriosa de acervos e a sistematização de informações, propiciando a perda de registros relevantes e agravando os problemas decorrentes do elevado grau de dispersão das fontes primárias disponíveis sobre o tema.

Esta realidade pode ser verificada quando da realização, em 1994, da pesquisa que serviu de base para a montagem da exposição A Revolta da vacina: da varíola às campanhas de imunização.1 Naquela oportunidade constatou-se a precariedade dos arquivos do ministério da Saúde, em Brasília, e da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam), no Rio de Janeiro, onde esperávamos encontrar textos e imagens relativos às políticas e às campanhas de vacinação no país.

Parte dessa lacuna pode ser sanada graças ao trabalho desenvolvido pela equipe encarregada do levantamento de fontes para a exposição que localizou, no próprio Ministério e em outras instituições e arquivos de personalidades envolvidas com a temática da mostra, informações importantes sobre a trajetória das políticas governamentais nesta área.

Por ocasião da pesquisa para a realização da exposição Um Mundo sem pólio, em 1995, verificou-se fenômeno inverso. Naquela data comemorava-se um ano da erradicação do poliovírus selvagem das Américas. A equipe de pesquisa localizou uma série de cartazes da campanha contra a poliomielite, de vários anos e localidades diferentes. Tal diversidade chamou nossa atenção e muitos desses cartazes compuseram painéis da referida exposição. Depois da mostra, o material foi devolvido para as instituições de origem que, no entanto, não tiveram a preocupação de preservá-los.

De lá para cá muita coisa mudou, e atualmente o Ministério da Saúde conta com uma boa equipe de arquivistas e documentalistas que têm contribuído para minorar os problemas constatados durante os anos 1990. Por outro lado, o trabalho da Casa de Oswaldo Cruz nesta área prosseguiu, por meio de iniciativas como a elaboração do livro Febre amarela, a doença e a vacina: uma história inacabada e a realização dos projetos A História da Poliomielite: seu controle e sua erradicação no Brasil e Políticas públicas de imunização no Brasil na 2ª metade do Século XX, ambos apoiados pelo Programa Estratégico de Pesquisas da própria instituição. Espera-se que, apesar dos problemas ainda observados neste campo, tais iniciativas sejam capazes de resgatar e preservar grande parte dos registros desta história.

A seguir, apresentamos uma pequena parte do material iconográfico produzido em quase um século de história. Nesta seleção privilegiamos, em virtude da importância que adquiriram na história da saúde pública, as estratégias de combate a duas doenças: a varíola e a poliomielite. O material utilizado faz parte da exposição A Revolta da Vacina: da Varíola às campanhas de imunização e do trabalho produzido por Ângela Porto sobre a campanha de erradicação da poliomielite.

 

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