Me ajudemmmmmmmmm mdssss
Soluções para a tarefa
Resposta:
isso vc vai tirá da sua imaginação
Explicação:
crie uma história diante do q vc está vendo
espero te ajudado
A escritura que se destina hoje ao teatro, conforme Danan, elabora-se sobre a
franja entre “uma dramaturgia fragilizada e sua ausência ou sua quase ausência.
Entre um teatro de puro texto material e aquele que busca manter um princípio
dramatúrgico” (2012, p. 53). Seguindo essa trilha, podemos falar de um disposi-
tivo dramatúrgico contemporâneo em que a tecnologia se situa não somente no
manejo de objetos eletrônicos, mas no modo como a dramaturgia é composta:
articulada num espaço em que vivo e inerte, máquina e humano não se assentam
como dados antinômicos, emergindo como espaço aberto a todas as possibilida-
des. No sentido aqui empregado, o dispositivo dramatúrgico visa a um acontecimento como coisa, “mas uma coisa à qual adere ainda algo de outro” (Heidegger,
1998, p. 12). Efetuando um deslocamento da abordagem heideggeriana sobre a
obra de arte para o território da dramaturgia, diríamos que um dispositivo drama-
túrgico promove uma abertura que desestabiliza a relação entre a terra e o mundo,
colocando em questão o discurso cotidiano fundado na reprodução mecânica, no
falar vazio que enrijece a vitalidade originária das coisas. Esse dispositivo convoca
a ausência, pois revelar uma ação é ao mesmo tempo lidar com um ocultamento.
Criar um dispositivo dramatúrgico é abrir fendas, um acontecimento em que “as
coisas adquirem sua demora e sua urgência, a sua lonjura e a sua proximidade, a
sua amplitude e a sua estreiteza” (Heidegger, 1998, p. 43). Abrir um espaço é criar
um mundo e deixar a “terra ser terra [...]. A terra é aquilo que, por essência, se
fecha. Elaborar a terra quer dizer: trazê-la ao aberto como aquilo que se encerra”
(Heidegger, 1988, p. 44-45). Sob essa perspectiva, constituir um dispositivo dra-
matúrgico é simultaneamente fazer surgir um mundo e cuidar da terra. É desve-
lamento e ocultamento, é presença e ausência, pois “o mundo funda-se na terra e
a terra irrompe pelo mundo” (Heidegger, 1998, p. 47). Ao dinamismo abrir/fechar
poderíamos nominar ação.
Um texto-dispositivo não necessariamente precisa lidar com aparelhos, pois a tec-
nologia que o envolve também diz respeito à sua plasmação, ao modo de configurá
-lo, às experiências que convocam vidas, à instauração de mundos, perfazendo um
intricado de ações que envolvem a obra e também aquele que a faz. Dessa forma,
por exemplo, nos dispositivos plásticos do artista Fred Eerdekens as palavras estão
carregadas de ausência, o que não significa falta, mas um olhar através da som-
bra. O artista cria esculturas em que a sombra traz à luz manifestações ocultas,
compondo uma linguagem não transparente, distanciando-se da “língua formal,
puramente maquinal, operacional, destituída de qualquer ambivalência” (Byung-
Chul, 2014, p. 12). A palavra traz em si a negatividade, a resistência necessária
às injunções coercitivas que teimam em torná-la lisa, plana, sem espessura ou
rugosidade. A palavra que emerge dessa ausência, a partir da sombra proveniente
da luz projetada num objeto, congrega mundo e terra.
Em sua obra Life Itself Is Not Enough (Fig. 01) há um arranjo composto por rou-
pas, vidro, aço e projetor de luz, de onde brota a palavra atravessada pela sombra,
numa espécie de ausência que desvela a vida. Conforme o artista: “Quando as pa-
lavras são escritas (em oposição à fala), elas são usadas na ausência
Explicação:
aí amg