Me ajudemm! Preciso de redação sobre a"violência contra a mulher"
Materia: redação
Soluções para a tarefa
Resposta:
mude algumas palavras e se for necessário retire outras!!!
Explicação:
A violência contra a mulher (VCM) consiste em qualquer ato violento baseado no gênero, que resulte, ou tenha probabilidade de resultar, em dano físico, sexual, psicológico ou sofrimento para a mulher, incluindo a ameaça de praticar tais atos, a coerção ou privação arbitrária da liberdade em ambiente público ou privado1. A violência sofrida pelas mulheres também pode ser denominada violência doméstica (VD) ou violência de gênero (VG) e consiste em um fenômeno extremamente complexo, que atinge mulheres em todas as partes do mundo2 e tem suas raízes na inter-relação de fatores biológicos, econômicos, culturais, políticos e sociais3,4.
No Brasil, esta condição apresenta elevada prevalência e coloca a VCM como um dos problemas prioritários a ser combatidos pela saúde pública5,6 e pelos organismos de defesa dos direitos humanos7, assim como um desafio ao setor saúde8,9. Apesar de caracterizar-se como um problema relevante, a VCM apenas ganhou maior notoriedade no Brasil com a criação da Lei 11.340/2006 – conhecida como Lei Maria da Penha10. Este tipo de violência passou, então, a ser definido como um crime específico e possíveis mudanças na forma de punição aos agressores foram proporcionadas11. Segundo esta lei, a VCM pode ser classificada como física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial10, de modo exclusivo ou associado, ocorrendo, em muitos casos12, a superposição das violências13.
Atualmente, vive-se a constatação de que as mulheres são vítimas de atos nocivos à sua integralidade apenas por pertencerem ao sexo feminino. Este fato leva a pensar que a sociedade ainda tem uma concepção de mundo associada à superioridade masculina14. Ademais, a VG apresenta natureza e padrões diferenciados de violência interpessoal quanto ao agressor, pois, apesar de existir inúmeros perpetradores, normalmente os agressores são pessoas do próprio convívio familiar, sejam eles marido, pai, padrasto, tios, primos ou outros14.
Contudo, a violência praticada pelo parceiro íntimo - dentro do ambiente doméstico - constitui a forma mais prevalente e endêmica de violência contra a mulher. O direito do homem de dispor da companheira é muitas vezes aceito culturalmente15. Neste cenário, o enfrentamento da violência implica na desconstrução de normas sociais e padrões culturais, tanto de homens quanto de mulheres, os quais confirmam, autorizam, naturalizam e banalizam a dominação masculina sobre a mulher3.
A literatura descreve diversos fatores associados à violência doméstica, que perpetuam esta condição para as mulheres, tais como: os antecedentes familiares de atos violentos, o uso de álcool pelo parceiro16, o desemprego, a pobreza17, o baixo nível socioeconômico da vítima, o baixo suporte social ofertado à mulher18e a dependência emocional em relação ao agressor19.
Ao observar-se o contexto das vítimas, percebe-se a vergonha, o medo e o desconhecimento do arcabouço legal que impõe limites à violência. Esses fatores dificultam a ida das vítimas aos serviços de saúde20. Mesmo quando se veem obrigadas a procurar esses serviços, devido à presença de lesões físicas, as mesmas tendem a silenciar o problema e raramente fazem queixas espontâneas durante as consultas8. Isto proporciona um caráter de invisibilidade à violência de gênero5,8, que não é algo consentido, mas sim cedido, em virtude das mulheres não usufruírem plenamente do poder patriarcal, como ocorre com os homens21. Além disso, os reflexos da violência, decorrentes das lesões e dos traumas gerados, são claramente percebidos, seja pelos custos econômicos com assistência médica, seja no âmbito do sistema judiciário e penal ou pelos custos sociais decorrentes da queda de produtividade22. Diante da complexidade relativa à questão, para enfrentar a VG, é preciso considerar ações intersetoriais e transdisciplinares. Tais ações envolvem diversos seguimentos, como: a saúde, a educação, a segurança pública, a assistência social, o poder judiciário, bem como as organizações não governamentais. Estes serviços contribuem para a tomada de decisões de impacto coletivo, que criam e fortalecem as redes de atenção, a fim de dar maior resolubilidade ao problema e maior suporte às vítimas23,24. Sob esse mesmo ponto de vista, os serviços de saúde merecem destaque, principalmente aqueles que trabalham diretamente com as vítimas25. Todavia, tanto os profissionais quanto os serviços de saúde ainda não estão preparados e qualificados para lidar com a problemática relacionada à prevenção da VG26.