Português, perguntado por Pedro18875, 7 meses atrás

Me ajudem!!

Texto 1

O amor e a morte

Foi em dezembro, dez anos atrás. Mila teve nove filhotes, impossível ficar com a ninhada inteira, fiquei com aquela que me parecia a mais próxima da mãe.

Nasceu em minha casa, foi gerada em minha casa, nela viveu esses dez anos, participando de tudo, recebendo meus amigos na sala, cheirando-os e ficando ao lado deles - sabendo que, de alguma forma, devia homenageá-los por mim e por ela.

Ao contrário da mãe, que tinha alguma autonomia existencial, aquilo que eu chamava de “fumos fidalgos”, como o Dom Casmurro, Títi era um prolongamento, o dia e a noite, o sol e todas as estrelas, o universo dela centrava-se em acompanhar, resumia-se em estar perto.

Quando Mila foi embora, há dois anos, ela compreendeu que ficara mais importante – e, se isso fosse possível, mais amada. Escoou com sabedoria a dor e o pranto, a ausência e a tristeza, e se já era atenta aos movimentos mais insignificantes da casa, com o tempo tornou-se um pedaço significante da vida em geral e do meu mundo particular.

Vida e mundo que deverão, agora, continuar sem ela – se é que posso chamar de continuação o que tenho pela frente. Perdi alguns amigos, recentemente, mas foram perdas coletivas que doeram, mas, de certa forma, são compensadas pela repartição do prejuízo.

Perder Títi é um “resto de terra arrancado” de mim mesmo – e estou citando pela segunda vez Machado de Assis, que criou um cão com o nome do dono (Quincas Borba) e sabia como ninguém que dono e cão são uma coisa só.

Essa “coisa só” fica mais só, nem por isso fica mais forte, como queria Ibsen. Fica apenas mais sozinho mesmo, sem ter aquele olhar que vai fundo da gente e adivinha até a alegria e a tristeza que sentimos sem compreender. Sem Títi, é mais fácil aceitar que a morte seja tão poderosa, desde que seja bem menos poderosa do que o amor.

Texto 2

Soneto do amor total

Amo-te tanto, meu amor… não cante

O humano coração com mais verdade…

Amo-te como amigo e como amante

Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,

E te amo além, presente na saudade.

Amo-te, enfim, com grande liberdade

Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,

De um amor sem mistério e sem virtude

Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,

É que um dia em teu corpo de repente

Hei de morrer de amar mais do que pude.

O que o Texto 1 e o Texto 2 têm em comum?

a linguagem coloquial.

a linguagem em prosa.

a temática textual.

o foco na descrição.

o foco na narração.


gabriellysgoes: Também preciso!!!!!
pabloluizmartip8mac6: Qual é a pergunta??
pabloluizmartip8mac6: Ahh agr vc colocou, mas a Leticia ali embaixo já te respondeu

Soluções para a tarefa

Respondido por Joselittle
7

Alternativa D.

Foco na descrição.

Os dois textos são considerados textos descritivos. Isto é, são textos que detalham de maneira esmiuçada os aspectos de um determinado lugar, acontecimento, objeto, pessoa e até animal.

No primeiro texto o narrador descreve uma situação que vivenciou, pormenorizando os detalhes dos acontecimentos, animais e sentimentos com os quais esteve envolvido.

O segundo texto, embora e verso, apresenta um narrador que descreve com precisão seus sentimentos de amor e saudade.

Espero ter ajudado, bons estudos.

Respondido por julialiri
0

A alternativa adequada é a C, pois os dois textos possuem o amor como temática principal. O primeiro texto relata sobre um amor dedicado a um animal, assim é caracterizado como um amor incondicional, fiel e leal. Já o segundo texto, é apresentado um amor romântico, que possivelmente é referente a um casal apaixonado.

O primeiro texto possui estrutura narrativa, como esta fosse um conto. Já o segundo texto possui a estrutura em prosa poética. O primeiro texto relata sobre a relação entre o amor e a morte, já o segundo relata sobre um amor total.

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