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Resposta:
A MORTE E O CAÇADOR
Há
muito tempo, quando os bichos falavam e o que era perto era longe, mas o que
era longe era perto, um caçador botou uma armadilha atrás de um cemitério, pra
pegar um tatu esperto, que já tinha fugido dos seus sete cachorros de caça e de
sete tiros de espingarda.
Por seis noites o caçador esperou o tatu, mas
nada do bicho cair na armadilha. Foi aí, que na sétima noite o caçador já
aborrecido com a armadilha, viu no escuro, alguém alto e magro, com roupas
pretas, se aproximar.
_vai pisar na armadilha_ pensou o homem.
E ouviu o grito do sujeito, que tinha ficado
pendurado pela perna, balançando no ar.
_Bem feito! Disse baixinho o caçador, com um
risinho maldoso.
E só de raiva, deixou o coitado por meia hora
pendurado lá.
Mas quando foi soltar o tal sujeito de preto, o
caçador levou o maior susto da sua vida! De perto ele viu que era um esqueleto,
feito de ossos puros, que brilhavam na luz da lua.
Com uma voz assustadora o esqueleto disse:
_Me tire daqui!
E o caçador, que já estava duro de medo, disse:
_Que que quem é você?
_Alguém que tem um encontro marcado com você à meia-noite.
Disse ele e ande logo, porque seu tempo está se esgotando.
_O senhor se enganou. Respondeu o caçador meu
encontro é com um tatu. E o senhor, quem é?
_Eu sou a MORTE!
_Ah, é?! Então o senhor vai ficar aí esperneando
pra sempre.
A Morte ficou quieta, pensou, pensou e falou:
_Eu faço um trato. Me tira daqui e eu realizo um
pedido seu.
_Trato feito! Meu pedido é esse: não quero
morrer.
_ Isso eu não posso fazer. Disse a Morte Não sou
eu quem escolhe quem vai e quem fica.
_Então, boa noite. Passe bem.
E já ia saindo dali quando a Morte propôs:
_Não te levo hoje e marcamos outro encontro.
_150 anos, é o que eu quero.
_É muito. Cem anos.
_É pouco. 120 e não se fala mais nisso.
_Tudo bem. 120. Fechado.
_E não quero ficar doente, nem enrugado.
_Certo. Agora me tira daqui, logo. Preciso
trabalhar.
E o caçador tirou a morte do laço. A Morte
arrumou a roupa, puxou o capuz sobre a caveira e juntou sua gadanha, que tinha
caído longe. Pulou o muro do cemitério e sumiu.
Desse dia em diante, o caçador viveu novo, sem
rugas nem cabelo branco. Todo mundo perguntava a ele o segredo da sua
juventude, mas ele não respondia, só dava um sorrisinho e nada mais.
Os anos passaram rápido pra ele. E numa
caderneta anotava cada ano que passava, até que chegou o último. Aí, começou a
anotar os dias. No último dia, o caçador estava com dores de barriga, de tanto
medo e pensava por que não tinha pedido mais tempo e feito um acordo melhor.
Foi aí que ele decidiu que ia enganar a Morte.
Foi pro banheiro e fez a barba, depois raspou todo o seu cabelo e raspou também
as sobrancelhas. Ficou muito estranho, vocês precisavam ver...
Se arrumou todo e foi para um baile.
A Morte já procurava por ele desde o começo da
noite. Procurou por toda a cidade até que foi ao salão de baile. Olhou pra tudo
que foi lado, perguntou, procurou, mas ninguém tinha visto o rapaz. Por fim
acabou chegando perto dele e falou:
_Você, dançarino animado, não viu
o caçador?
_Não. - disse ele, disfarçando a voz.
_É um sujeito da sua altura, com cabelos pretos,
e uma pintinha assim na bochecha, exatamente como essa aí. _E a Morte espetou o
rapaz com a gadanha.
_Vire esse troço pra lá! Já disse que não vi
caçador nenhum!
A Morte ficou quieta, pensou e disse:
_Bom, já que não encontro o caçador, vou levar
você mesmo, carequinha.
_Isso não é justo! - Gritou o rapaz.
_Pensou que me enganava? Eu nunca me atraso pra
um encontro.
E o que se ouviu foi o relógio do salão de baile
bater meia-noite...
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