Filosofia, perguntado por gustavoamado, 1 ano atrás

ME AJUDEM POR FAVORRR !! PERGUNTAS ABAIXO.

“Com o capitalismo de consumo, o hedonismo se impôs como um valor supremo e as satisfações mercantis, como o caminho privilegiado da felicidade. Enquanto a cultura da vida cotidiana se domina por esse sistema de referência, a menos que se enfrente um cataclismo ecológico ou econômico, a sociedade de hiperconsumo prosseguirá irresistivelmente em sua trajetória. Mas, se novas maneiras de avaliar os gozos materiais e os prazeres imediatos vierem à luz, se uma outra maneira de pensar a educação se impuser, a sociedade de hiperconsumo dará lugar a outro tipo de cultura. A mutação decorrente será produzida pela invenção de novos objetivos e sentidos, de novas perspectivas e prioridades na existência. Quando a felicidade for menos identificada à satisfação do maior número de necessidades e à renovação sem limite dos objetos e doa fazeres, o ciclo do hiperconsumo estará encerrado. Essa mudança sócio-histórica não implica nem renúncia ao bem-estar material, nem desaparecimento da organização mercantil dos modos de vida;ela supõe um novo pluralismo dos valores, uma nova apreciação da vida devorada pela ordem do consumo volúvel. Muitas são as razões que levam a pensar que a cultura da felicidade mercantil não pode ser considerada um modelo de vida boa. São suficientes, no entanto, para invalidar radicalmente seu princípio?



Porque o homem não é Uno, a filosofia tem o dever de fazer justiça a normas ou princípios de vida antitéticos. Temos de reconhecer a legitimidade da frivolidade hedonística ao mesmo tempo que a exigência da construção de si pelo pensamento e pelo agir. A filosofia dos antigos procurava formar um homem sábio que permanecesse idêntico a si próprio, querendo sempre a mesma coisa na coerência consigo e na rejeição do supérfluo. Isso é de fato possível, de fato desejável? Não o creio. Se, como Pascal, o homem é um ser feito de 'contrariedades', a filosofia da felicidade tem de excluir nem a superficialidade nem a 'profundidade', nem a distração fútil nem a difícil constituição de si mesmo. O homem muda ao longo da vida e não esperamos sempre as mesmas satisfações da existência. Significa dizer que não poderia haver outra filosofia da felicidade que não desunificada e pluralista: uma filosofia menos cética que eclética, menos definitiva que móvel.
No quadro de uma problemática 'dispersa', não é tanto o próprio consumismo que compete denunciar, mas sua excrescência ou seu imperialismo constituindo obstáculo ao desenvolvimento da diversidade das potencialidades humanas. Assim, a sociedade hipermercantil deve ser corrigida e enquadrada em vez de posta no pelourinho. Num tudo é para ser rejeitado, muito é para ser reajustado e reequilibrado a fim de que a ordem tentacular do hiperconsumo não esmague a multiplicidade dos horizontes da vida. Nesse domínio, nada está dado, tudo está por inventar e construir, sem modelo garantido. Tarefa árdua, necessariamente incerta e sem fim, a conquista da felicidade não pode ter prazo.
[…] Lutamos por uma sociedade e uma vida melhor, buscamos incasalvemente os caminhos da felicidade, mas o que nos é mais precioso – a alegria de viver -, como ignorar que sempre nos será dada por acréscimo?”


Perguntas:

1. Identifiquem no texto de Lipovetsky as características negativas e
positivas do que ele denomina cultura da felicidade mercantil.

2. Em que a posição de Lipovetsky se distingue das teorias de Marcuse e Foucault?

3. Posicione-se a respeito da felicidade.

Soluções para a tarefa

Respondido por joseoaluno
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que texto que é para responder a 1 com coerência passa o site da descrição da sua apostila
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