ME AJUDEM POR FAVOR!!!
Vocês já ouviram falar na rainha Jinga (ou Nzinga, como
se pronunciava em mbundu)? Ela nasceu por volta de 1581 e viveu
num dos territórios do reino do Congo, Ndongo. Sua trajetória é
surpreendente e fabulosa, pois, em 1622, ao ser enviada a Luanda
(atual capital de Angola), cidade que sediava a administração
portuguesa na África, Jinga se tornou uma aliada do império
português, se convertendo inclusive ao catolicismo, com o nome
católico de Ana de Souza.
Em 1624, o reino de Ndongo sofreu um esvaziamento de
poder e Jinga disputou com Ngola-a-Ari, que saiu vencedor.
Passados três anos, Ngola-a-Ari morreu envenenado, permitindo
o regresso de Jinga, que havia se retirado com seu povo. Jinga
governou, soberana, até o ano de 1663, negociando, tanto com
portugueses como com holandeses, a entrada no território
africano. Ou negociavam ou enfrentavam a resistência de Jinga
em alguns territórios de Ndongo.
Ao longo de seu reinado, Jinga enfrentou várias guerras
contra outros reis africanos e contra autoridades europeias. Numa guerra travada, em 1629, pelo
controle de Matamba, suas irmãs, Kambo e Funji, caíram nas mãos dos portugueses, acabando
presas em Luanda. Em outubro de 1641, uma ordem do Conselho Ultramarino* criticava Fernão de
Souza, então governador em Angola, por este “ter tirado a realeza de Jinga”, reiterando que a ela,
e só a ela, “assistia o direito e a justiça” em Ndongo. Em retaliação, Jinga fez acordos com os
holandeses, que ocuparam Luanda. Ela lutou também contra o povo Imbagalas que resistia à
presença holandesa.
A partir de 1644, os portugueses foram seus principais inimigos, em sucessivas batalhas,
que duraram até 1648. Em 1651, porém, a rainha Jinga e o governador de Angola, Salvador Correia
de Sá e Benevides – que governara o Rio de Janeiro entre 1637 e 1642 – firmaram a paz, bem
como acordos comerciais. Naquela ocasião, Salvador de Sá afirmara à Jinga que era “a maior
honra poder cooperar pelo aumento de sua grandeza, do que ser servido por todos os escravos
não só da Matamba, mas de toda a África”. Em 1656, aos 75 anos de idade, como última estratégia
de poder, Jinga permitiu a entrada de religiosos capuchinhos em seu território, convertendo-se
totalmente ao catolicismo numa política de alianças com os portugueses.
4- Qual era a estratégia de Jinga? Deu certo? Justifique.
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Resposta:
Ginga viu ali a oportunidade de livrar-se de inimigos históricos. Criou uma rota comercial entre seu reino e a região invadida pelos holandeses, trocando escravos resistentes ao seu comando por mercadorias europeias, principalmente armas de fogo, usadas nas batalhas contra os portugueses.
Explicação:
Em 1656, aos 75 anos de idade, como última estratégia de poder, Jinga permitiu a entrada de religiosos capuchinhos em seu território, convertendo-se totalmente ao catolicismo numa política de alianças com os portugueses. (Adaptado de Silva, Luiz Geraldo.
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