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Leia o texto para responder à questão. “Suponhamos uns homens numa habitação subterrânea em forma de caverna, com uma entrada aberta para a luz. Estão lá dentro desde a infância, algemados de pernas e pescoços, de tal maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar e olhar em frente; serve-lhes de iluminação um fogo que se queima ao longe. Entre a fogueira e os prisioneiros há um caminho ao longo do qual se construiu um muro. Ao longo deste muro, imagine homens que transportam toda a espécie de objetos, que o ultrapassam. Aquelas pessoas acostumadas a verem sombras projetadas na parede da caverna só poderiam julgar que a realidade era a sombra dos objetos”. (PLATÃO. A República, 1993. Adaptado.) A alegoria da caverna de Platão é uma viva exposição de sua filosofia. Segundo as suas palavras, os habitantes da caverna *
A) confundiam a realidade com o reflexo dos objetos.
B) opunham-se à educação recebida desde criança.
C) eram conscientes de sua situação de prisioneiros.
D) agiam guiados pelo conhecimento filosófico.
E) combatiam a organização democrática da cidade grega.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Letra A.
Explicação:
Por serem prisioneiros, não tinham a mínima noção do que era uma realidade.
Resposta:
Platão reflete acerca da educação (Paideia) e analisa o processo de ensino helênico, tendo em vista o progresso dos ensinamentos sofistas em favor da retórica e da oratória nas assembleias políticas (A).
Para Platão, a mímeses (imitação) não é uma técnica educativa apropriada às crianças, pois há, nas tragédias gregas, nos mitos e nas literaturas de Homero, personagens de caráter duvidoso e que não apresentam uma imagem benéfica e exemplificativa aos educandos gregos.
Assim, Platão concebe que a educação ideal, na República, é aquela cujos ensinamentos são produzidos pela razão e pelo ordenamento da alma humana. Assim, cada cidadão deveria ser educado de acordo com a alma que lhe é cabível, seja concupiscível, irascível ou racional.
Platão, ao criar sua teoria dos dois mundos, utiliza-se da metáfora do Mito da Caverna, que traz a ideia de verdade e ilusão. Para o pensador, a razão é a base para se obter um conhecimento epistemológico e constituir um livramento das opiniões e do erro.
Assim, a caverna representa a cegueira humana, que impede o homem de se chegar ao verdadeiro conhecimento. Essa cegueira são as experiências mundanas, que, por serem cópias do mundo inteligível, enganam o homem e o afasta do real.
De acordo com Platão, a matéria e o senso comum impedem que o homem conheça a verdade de fato, pois o corpo aprisiona a alma e a distancia da Inteligência. Assim, para se chegar ao Hiperurânio, o homem deve "sair da caverna" e usufruir da sua razão, única faculdade confiável e que pode conduzir o homem a aproximar-se da verdade.