Português, perguntado por lyanrodriques, 6 meses atrás

ME AJUDEM POR FAVOR!!!!!



Texto I

Soneto

Enfim te hei de deixar, doce corrente

Do claro, do suavíssimo Mondego;

Hei de deixar-te enfim; e um novo pego

Formará de meu pranto a cópia ardente.

De ti me apartarei; mas bem que ausente,

Desta lira serás eterno emprego;

E quanto influxo hoje a dever-te chego,

Pagará de meu peito a voz cadente.

Das ninfas, que na fresca, amena estância

Das tuas margens úmidas ouvia,

Eu terei sempre n'alma a consonância;

Desde o prazo funesto deste dia

Serão fiscais eternos da minha ânsia

As memórias da tua companhia.

COSTA, Claudio Manuel da. Poemas escolhidos

Texto II

"Leia a posteridade, ó pátrio Rio,

Em meus versos teu nome celebrado;

Por que vejas uma hora despertado

O sono vil do esquecimento frio:

Não vês nas tuas margens o sombrio,

Fresco assento de um álamo copado;

Não vês ninfa cantar, pastar o gado

Na tarde clara do calmoso estio.

Turvo banhando as pálidas areias

Nas porções do riquíssimo tesouro

O vasto campo da ambição recreias.

Que de seus raios o planeta louro

Enriquecendo o influxo em tuas veias,

Quanto em chamas fecunda, brota em ouro."

01. No texto 1, o poeta despede-se do rio europeu no momento de seu retorno ao Brasil. Explique a referência que o

sujeito lírico faz ao rio de sua terra natal.

02. Faça um levantamento das características atribuídas ao rio europeu e ao brasileiro.

03. Releia a segunda estrofe do texto 2. A paisagem por onde passa o Ribeirão do Carmo é apropriada à idealização do

locus amoenus exigida pela poesia arcádica? Por quê?

04. Contrastando com a paisagem ideal (locus amoenus da poesia arcádica), a imagem do “pátrio rio” impõe ao poeta a

realidade da vida na Colônia. Que aspecto marcante da história colonial setecentista se associa à cor das águas?

Lira XXXIV (fragmento)

Minha bela Marília, tudo passa;

A sorte deste mundo é mal segura;

Se vem depois males a ventura,

Vem depois dos prazeres a desgraça.Estão os mesmos deuses

Sujeitos ao poder do ímpio fado:

Apolo já fugiu do céu brilhante,

Já foi pastor de gado. [...]

Ornemos nossas testas com flores,

E façamos de feno um brando leito;

Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,

Gozemos do prazer de sãos amores.

Sobre as nossas cabeças,

Sem que o possam deter, o tempo corre;

E para nós o tempo que se passa

Também, Marília, morre.

Com os anos, Marília, o gosto falta,

E se entorpece o corpo já cansado;

Triste, o velho cordeiro está deitado,

E o leve filho sempre alegre salta.

A mesma formosura

É dote de só goza a mocidade:

Rugam-se as faces, o cabelo alveja,

Mal chega a longa idade.

Que havemos de fazer, Marília bela?

Que vão passando os florescentes dias?

As glórias que vem tarde, já vêm frias,

E pode, enfim, mudar-se a nossa estrela.

Ah! não, minha Marília,

Aproveite-se o tempo antes que faça

O estrago de roubar ao corpo as forças,

E ao semblante a graça .

Tomás Antônio Gonzaga

Lira LXXXI

Nesta triste masmorra,

De um semivivo corpo sepultura,

Inda, Marília, adoro

A tua formosura.

Amor na minha ideia te retrata;

Busca, extremoso, que eu assim resista

À dor imensa, que me cerca e mata.

Quando em meu mal pondero,

Então mais vivamente te diviso:

Vejo o teu rosto e escuto

A tua voz e riso.

Movo ligeiro para o vulto os passos:

Eu beijo a tíbia luz em vez de face,

E aperto sobre o peito em vão os braços.

Conheço a ilusão minha;

A violência da mágoa não suporto;

Foge-me a vista e caio,

Não sei se vivo ou morto.

Enternece-se Amor de estrago tanto;

Reclina-se no peito, e com a mão terna

Me limpa os olhos do salgado pranto.

Depois que representoPor largo espaço a imagem de um defunto,

Movo os membros, suspiro

E onde estou pergunto.

Conheço então que Amor me tem consigo;

Ergo a cabeça, que ainda mal sustento,

E com doente voz assim lhe digo:

-Se queres ser piedoso,

Procura o sítio em que Marília mora,

Pinta-lhe o meu estrago,

E vê, Amor, se chora.

Se a lágrima vertera dor a arrasta,

Uma delas me traze sobre as penas,

E para alívio meu só isto basta.

Tomás Antônio Gonzaga

05. Na Lira XXXIV, que convenção do arcadismo Gonzaga desenvolve do terceiro verso da quarta estrofe até o final

do poema?

06. Na Lira XXXI, com que artifício o Amor procura dar forças a Dirceu, para que ele resista à dor da ausência de

Marília?

07. O que Dirceu pede ao Amor, como único meio de aliviar seu sofrimento?

08. A obra Marília de Dirceu divide-se em duas partes. A qual delas pertence cada um dos poemas? Justifique.​

Soluções para a tarefa

Respondido por trilmar6655
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Resposta:

dri sem frems toenas micion

Explicação:

pindoty do só epiriti 30 30 good piz e vinik e eu lindome

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