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Explique sobre a vinda da família real para o Brasil em 1808. Esse texto deve conter informações sobre “antecedentes”, “mudanças importantes entre 1808-1810” e “início do processo de industrialização do Brasil”, separe em tópicos.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A vinda da família real para o Brasil deu-se na passagem de 1807 para 1808 e foi resultado da guerra travada entre França e Reino Unido durante o período napoleônico. A transferência da corte ocorreu pela recusa de Portugal em obedecer as ordens da França e aderir ao Bloqueio Continental, instituído com o objetivo de prejudicar os ingleses, em 1806.
Com isso, o regente de Portugal, d. João, filho de d. Maria I, decidiu transferir toda a corte para o Brasil. Assim, o poder português instalou-se no Rio de Janeiro, resultando em transformações que tiveram influência fundamental no desencadeamento do processo de independência do Brasil, alguns anos depois.
Resposta:
Explicação:
A abertura dos portos, no ano de 1808, estreitou o contato do Brasil com outras nações, favorecendo a ampliação
da atividade comercial. Ainda no mesmo ano foram revogadas as proibições determinadas pela rainha D. Maria I, em
1785, que versavam especialmente sobre as fábricas e manufaturas têxteis existentes nas capitanias que, dada a sua
eficiência, chegavam a produzir “tecidos finos” e exportá-los para outras capitanias.1
Além dos benefícios financeiros e políticos decorrentes desses atos, transformações sociais de grande importância podem ser associadas a eles, uma vez que se estabeleceu naquele momento um modo de relação que exigiu
algo a mais da colônia que, até então, apenas atuava como provedora de matérias-primas, como os metais, o açúcar
e, de modo especial, o algodão.2
Foi o momento de transformação de uma sociedade, que extraía seus recursos da
natureza, os ensacava e os enviava para o reino, para outra, que passou a processá-los com o objetivo de estabelecer
negociação e exportação entre as capitanias. Tornou-se um desafio planejar a transformação da força humana bruta em
técnica e tecnologia, mas tardou em perceber-se a respeito da necessidade de facilitar e estimular também atividades
projetuais precedentes à etapa produtiva.A abertura dos portos significou, por esse prisma, o início do processo de industrialização do Brasil, o que,
apenas mais tarde, beneficiaria a nação do ponto de vista econômico e social. Isso porque, a grande dificuldade para
a implantação de manufaturas, que pudessem concorrer em preço ou qualidade com os produtos britânicos, parece
dever-se em grande parte à escravidão que dificultava o desenvolvimento da técnica.3
Ao mesmo tempo, a instauração de novos modus operandi de produção, circulação e recepção
de produtos e mercadorias, deu-se de um modo
tão particular que encobriu a necessidade preemente de se impulsionar a atividade projetual têxtil, o que poderia ter
contribuído para o desenvolvimento tecnológico e econômico do setor. É necessário esclarecer que entende-se por
projeto o processo de planejamento e gestão para o desenvolvimento de novos produtos, que surge pelas demandas
identificadas no contexto de consumo.5
Mesmo no século XIX, quando a questão do desenvolvimento de produtos industriais, especialmente os têxteis,
já havia sido muito tratada por diferentes correntes teóricas,6
o Brasil encontrava-se atrasado no segmento industrial
têxtil se comparado à Europa ou aos Estados Unidos. Se, para concorrer com os tecidos indianos, os ingleses haviam
se preocupado, desde o século XVII, em desenvolver técnicas e equipamentos para a sua industrialização e, também,
a instalar manufaturas têxteis para a fabricação de tecidos semelhantes e até superiores aos indianos que lhes serviam
como referência, um pouco mais tarde foi a vez de os Estados Unidos tentar suprimir a necessidade de importação
inglesa. Em 1810, os Estados Unidos já haviam iniciado o processo de transferência de tecnologia com a Inglaterra
de modo bem diferente da relação que se estabeleceu entre o Brasil e Portugal. No caso norte-americano, destacava-se a busca pelo conhecimento de ordem científica projetual (químicos e físicos, estudos de design e observação
mercadológica), além do aprimoramento técnico produtivista, como o funcionamento do maquinário e do fluxograma
e organograma industrial.