História, perguntado por thaayfontinele, 1 ano atrás

ME AJUDEM POR FAVOR....
Discuta a relação entre globalização, Estado e identidade nacional, refletindo sobre como essa relação acontece no Brasil e de que forma a globalização afetou a produção da identidade nacional brasileira.

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Respondido por coordenadoragra
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todo processo causado pela globalização explicita uma tensão entre os níveis local e há uma busca de retorno ao local mediante o aumento da valorização da alteridade e das diferenças entre as culturas. Assim, “ao invés de pensar no global como ‘substituindo’ o local seria mais acurado pensar numa nova articulação entre ‘o global’ e ‘o local’ (Hall, 1999). Segundo, constata-se que há uma distribuição desigual do alcance da globalização em diferentes regiões do mundo. E, por fim, é evidente que a globalização é um fenômeno ocidental; é um “processo de ocidentalização” do mundo (Robbins apud Hall, 1999, p. 79). Isto é, os padrões que se difundem pelo mundo são os vigentes nas culturas ocidentais. A dinâmica da globalização traz consigo um poderoso potencial de homogeneização cultural, especialmente em função do seu desenvolvimento tecno-científico e dos veículos de comunicação em massa de escala planetária. Neste sentido, poder-se-ia considerar a hipótese da construção gradual de uma identidade global. Entretanto, a própria globalização traz também elementos que comprometem esta homogeneização, na medida em que suscitam movimentos de resistência a esta dinâmica, que se expressam a partir da afirmação das identidades locais. Isto acontece especialmente em função do drástico ritmo de mudanças de paradigmas, angústia e falta de certezas e referenciais fixos para o entendimento e sobrecodificação do mundo e da realidade, decorrentes da própria globalização. O redimensionamento dos fluxos de pessoas trazido pela globalização também serve de balizamento para a afirmação das identidades locais, o que pode ser verificado nas recentes políticas de restrição de imigração, especialmente nos países ditos desenvolvidos. Por outro lado, a construção de uma identidade global revela-se problemática em função da própria concepção da “identidade”, na medida em que esta se define pela oposição aos “outros”, ou seja, pela exclusão dos outros, e também à proporção em que exige uma “consciência comum”, uma inclusão seletiva. Uma vez que a concepção “global” supõe a ausência de descontinuidade em relação aos povos, não poderia haver “outros”, de modo que a inclusão de todos os povos em uma mesma identidade não poderia ser seletiva. Desta maneira, a construção de uma identidade global revela-se inviável, uma vez que remeteria a uma inclusão global que compromete o elemento de alteridade intrínseco ao conceito de identidade.  
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