Português, perguntado por Pandachan15, 8 meses atrás

ME AJUDEM PFVRRRRRR!!!!!!!!

TRATA-SE DE UMA CRÔNICA ESCRITA EM TERCEIRA PESSOA ( ELE/ELA) .
VOCÊ DEVE REESCREVÊ-LA USANDO A PRIMEIRA PESSOA DO SINGULAR ( EU).
FAÇA TODAS AS ALTERAÇÕES NECESSÁRIAS PARA QUE O TEXTO CONTINUE COM O MESMO SENTIDO.


A primeira provocação
A primeira provocação ele aguentou calado. Na verdade, gritou e esperneou. Mas todos os bebês fazem assim, mesmo os que nascem em maternidade, ajudados por especialistas. E não como ele, numa toca, aparado só pelo chão.
A segunda provocação foi a alimentação que lhe deram, depois do leite da mãe. Uma porcaria. Não reclamou porque não era disso.
Outra provocação foi perder a metade dos seus dez irmãos, por doença e falta de atendimento. Não gostou nada daquilo. Mas ficou firme. Era de boa paz.
Foram lhe provocando por toda a vida.
Não pode ir à escola porque tinha que ajudar na roça. Tudo bem, gostava da roça. Mas aí lhe tiraram a roça.
Na cidade, para onde teve que ir com a família, era provocação de tudo que era lado. Resistiu a todas. Morar em barraco. Depois perder o barraco, que estava onde não podia estar. Ir para um barraco pior. Ficou firme.
Queria um emprego, só conseguiu um subemprego. Queria casar, conseguiu uma submulher. Tiveram subfilhos. Subnutridos. Para conseguir ajuda, só entrando em fila. E a ajuda não ajudava.
Estavam lhe provocando.
Gostava da roça. O negócio dele era a roça. Queria voltar pra roça.
Ouvira falar de uma tal reforma agrária. Não sabia bem o que era. Parece que a ideia era lhe dar uma terrinha. Se não era outra provocação, era uma boa.
Terra era o que não faltava.
Passou anos ouvindo falar em reforma agrária. Em voltar à terra. Em ter a terra que nunca tivera. Amanhã. No próximo ano. No próximo governo. Concluiu que era provocação. Mais uma.
Finalmente ouviu dizer que desta vez a reforma agrária vinha mesmo. Para valer. Garantida. Se animou. Se mobilizou. Pegou a enxada e foi brigar pelo que pudesse conseguir. Estava disposto a aceitar qualquer coisa. Só não estava mais disposto a aceitar provocação.
Aí ouviu que a reforma agrária não era bem assim. Talvez amanhã. Talvez no próximo ano... Então protestou.
Na décima milésima provocação, reagiu. E ouviu espantado, as pessoas dizerem, horrorizadas com ele:
- Violência, não!

Luís Fernando Veríssimo

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Respondido por tiktokbrasil2311
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A primeira provocação

A primeira provocação eu aguentei calado. Na verdade eu gritei e esperneei. Mas todos os bebês fazem assim, mesmo os que nascem em maternidade, ajudados por especialistas. E não como eu, numa toca, aparado só pelo chão.

A segunda provocação foi a alimentação que me deram, depois do leite da mãe. Uma porcaria. Eu não reclamei porque não era disso.

Outra provocação foi eu perder a metade de meus dez irmãos, por doença e falta de atendimento. Não gostei nada daquilo. Mas fiquei firme. Sou de boa paz.

Foram me provocando por toda a vida.

Não podia ir à escola porque eu tinha que ajudar na roça. Tudo bem, eu gostava da roça. Mas aí me tiraram a roça.

Na cidade, para onde tive que ir com a minha família, era provocação de tudo que era lado. Resisti a todas. Morei em barraco. Depois perdi o barraco, que eu estava onde não podia estar. Fui para um barraco pior. Fiquei firme.

Queria um emprego, só consegui um subemprego. Queria casar, consegui uma submulher. Tive subfilhos. Subnutridos. Para conseguir ajudar, só entrando em uma fila. E a ajuda não ajudava.

Estavam me provocando.

Gostava da roça. O meu negócio era a roça. Queria voltar pra roça.

Ouvi falar de uma tal reforma agrária. Não soube bem o que era. Parece que a ideia era me dar uma terrinha. Se não era outra provocação, era uma boa.

Terra era o que não faltava.

Passei anos ouvindo falar em reforma agrária. Em voltar à terra. Em ter a terra que nunca tivera. Amanhã. No próximo ano. No próximo governo. Concluiu que era provocação. Mais uma.

Finalmente ouvi dizer que desta vez a reforma agrária vinha mesmo. Para valer. Garantida. me animei. me mobilizei. Peguei a enxada e foi brigar pelo que pudesse conseguir. Estou disposto a aceitar qualquer coisa. Só não estava mais disposto a aceitar provocação.

Aí ouvi que a reforma agrária não era bem assim. Talvez amanhã. Talvez no próximo ano... Então protestei.

Na décima milésima provocação, reagi. E ouvi espantado, as pessoas dizerem, horrorizadas comigo:

- Violência, não!


Pandachan15: obrigada!!! me ajudou muito :)
nicollyribeiro64: alguém pode me ajuda com 3 perguntas ?
nicollyribeiro64: 1) sobre o texto do Fernando Sabino é correto afirmar que se trata de um texto do tipo : a) Crônica b) conto c)fábula d)novela.
nicollyribeiro64: 2) a partir da análise das características do texto de Luís Fernando Veríssimo podemos afirmar que se trata de um texto do tipo a)crônica b)conto c)fábula d)novela.
nicollyribeiro64: 3 considere as alternativas abaixo sobre o gênero crônica. |.A neutralidade encenação do cronista são fatores preponderantes para a realização de uma boa crônica. ||. a crônica é escrita para durar pouco Daí advérbio o seu caráter efêmero e datado , bem como o interesse muitas vezes momentâneo. ||| o discurso feito na primeira pessoa pode vim ver nesse algumas impressões e opiniões pessoais de quem a escreve . Qual (is) estão correta(s) a) apenas | b)apenas //
nicollyribeiro64: ?????
guinhoo881: tbm queria saber essas
Respondido por yuri14rodrigues
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Reescrevendo esta crônica utilizando a primeira pessoa do singular, temos o seguinte:

"A primeira provocação aguentei calado. Na verdade, gritei e esperneei. Mas todos os bebês fazem assim, mesmo os que nascem em maternidade, ajudados por especialistas. E não como eu, numa toca, aparado só pelo chão.

A segunda provocação foi a alimentação que acabaram me dando, depois do leite da mãe. Uma porcaria. Reclamei de jeito nenhum porque não era disso.

Outra provocação foi quando eu perdi a metade de meus dez irmãos, por doença e falta de atendimento. Não gostei nada daquilo. Mas fiquei firme. Sou de boa paz. Foram me provocando por toda a vida.

Eu não podia ir à escola porque eu tinha que ajudar na roça. Tudo bem, eu gostava da roça. Mas aí me tiraram a roça.

Na cidade, para onde tive que ir com a minha família, era provocação de tudo que era lado. Resisti a todas. Eu morei em barraco. Depois perdi o barraco, que eu estava onde eu não podia estar. Fui para um barraco pior. Fiquei firme.

Queria um emprego, quando só consegui um subemprego. Queria casar, consegui uma submulher. Tive subfilhos. Subnutridos. Para conseguir ajudar, só entrando em uma fila. E a ajuda não ajudava. Estavam me provocando. Eu gostava da roça. O meu negócio era a roça. Queria voltar pra roça.

Ouvi falar de uma tal reforma agrária. Não soube bem o que era. Parece que a ideia era me dar uma terrinha. Se não era outra provocação, era uma boa.

Terra era o que não faltava.

Passei anos ouvindo falar em reforma agrária. Em voltar à terra. Em ter a terra que nunca tivera. Amanhã. No próximo ano. No próximo governo. Concluiu que era provocação. Mais uma.

Finalmente ouvi dizer que desta vez a reforma agrária vinha mesmo. Para valer. Garantida. Eu me animei. me mobilizei. Peguei a enxada e foi brigar pelo que pudesse conseguir. Estou disposto a aceitar qualquer coisa. Só não estava mais disposto a aceitar provocação.

Aí ouvi que a reforma agrária não era bem assim. Talvez amanhã. Talvez no próximo ano... Então eu protestei.

Na décima milésima provocação, reagi. E ouvi espantado, as pessoas dizerem, horrorizadas comigo:

- Violência, não!"

A crônica textual reescrita

O estilo de narrativa apresentado em uma crônica pode ser tanto na terceira pessoa quanto em primeira pessoa do singular. O texto de uma crônica geralmente é curto e escrito em prosa.

Observe que dentro deste texto, todos os pronomes e palavras que retomam a singularidade foram modificados (terceira pessoa).

Veja mais sobre as crônicas em

brainly.com.br/tarefa/29592032

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