História, perguntado por mykhaelless, 3 meses atrás


Me ajudem, pfvrr
História*

"Fazer um texto interpretado essa música, com relação do estudo de velha República e a segunda guerra mundial" me Ajudem!!
Letra:
Supremacista da Klan, curta
passeio
Na democracia racial que mata por ano 40 mil negros
Conheço os 50 tons do colorismo

Quanto mais pigmento, mais cadáver reconhecido
Em cartaz, o nazista local que odeia afro e nordestino
Que pro exterior é o macaco latino

Verá que não foram extintos os donos de escravos
Que a capitania, o leilão nos portos foram hereditários
O Pelourinho agora tem carteira assinada

Porém proíbem trança Black, aspectos da África
Os ônibus lotados e os bondes de presos
Dão a continuidade ao tráfico negreiro

Todo dia um massacre de Sharpeville
Ainda marchamos pelo sonhado direito civil
Apartheid com segregação absoluta

Fórmula 1, mega show minoria vende capa de chuva
Delegacia racial em delito de intolerância
Te permite linchar o negro, alvo da sua ignorância
Não é TV Finlandesa, não se engane

É que na globo, afrodescendente só tem papel humilhante
Cada RG no gueto tem uma marca de terror
O sobrenome herdado do escravizador
Nosso gene prova o pior crime de todos os tempos
Quando a escrava era estuprada pelo senhor de engenho

Ei nação ariana, White Power imundo
Curta o tour pelo país mais racista do mundo
Negros perseguidos pelo estado, ceifados por 12 Pump
Essa é a democracia racial de sangue

Ei nação ariana, White Power imundo
Curta o tour pelo país mais racista do mundo
Negros perseguidos pelo estado, ceifados por 12 Pump
Essa é a democracia racial de sangue

Aqui há milhares de Elizabeth Eckford
Tentando entrar nas escolas de branco, como em Little Rock
Sofrerão ataques físicos e psicológicos
Falarão: Achei esse escravo no fumódromo!

As diretrizes escolares omitem Zumbi dos Palmares
Que o Quilombo simbolizou resistência e liberdade
Vem ver o StandUp, roteiro: William Waack
Rebaixando negro e a plateia aplaude

Ou o comediante afro fazendo piada
Se auto depreciando pra boy dar risada
Na arquibancada, o torcedor arrombado
Jogando banana, chamando o adversário de macaco

A pele escura tendo como remuneração
Metade do ganho do branco com o mesmo grau de instrução
Testemunho o ódio racial afetando crianças
Que mesmo negras, escolhem bonecas brancas
Quando quiser show de hipnose eu indico

Perseguido em loja que posta que não existe racismo
Só não sente o preconceito cultural
Quem não vê a cor com mais feridas, só com operação judicial
Ou não vê nos clubes de elite paulistanos
A babá negra forçada a usar uniforme branco
Quem duvida põe no Pálio 5 negros se divertindo
Pra ver em quanto tempo levam 111 tiros

Ei nação ariana, White Power imundo
Curta o tour pelo país mais racista do mundo
Negros perseguidos pelo estado, ceifados por 12 Pump
Essa é a democracia racial de sangue

Ei nação ariana, White Power imundo
Curta o tour pelo país mais racista do mundo
Negros perseguidos pelo estado, ceifados por 12 Pump
Essa é a democracia racial de sangue

A princesa que não beneficiou o alforriado
Carrega a honraria de redentora dos escravos
Natural, onde Ângela Davis num palanque
Seria atingida por munição perfurante

Aprecie as redes sociais de ódio notório
Que é só negro publicar foto pra ataque discriminatório
Não teria celas pra playboyzada
Se funcionasse a delegacia de crimes de informática
Somos a versão piorada dos Estados Unidos

Gambé que enterra negro aqui também não é punido
A diferença é que lá, se Rodney King cuspir sangue
Tem distúrbio, como os de Los Angeles
A pele branca no Brasil é moral, cartão de visitas
Quantas vezes minha cor me livrou da polícia?

Provavelmente, eu de terno e cabelo penteado
Não seria confundido com chofer de carro
A casa grande surta quando a senzala
Passa com louvor na OAB disputada

Uma pena que aqui os racistas virtuais
Não termine em debate em situações reais
É fã de Hitler, então faz a saudação nazista
Pro braço ser amputado numa espadada precisa
Infelizmente o tour do racismo estará sempre ativo
Pra você, White Power fazer suástica em cativo.

Ei nação ariana, White Power imundo
Curta o tour pelo país mais racista do mundo
Negros perseguidos pelo estado, ceifados por 12 Pump
Essa é a democracia racial de sangue

Ei nação ariana, White Power imundo
Curta o tour pelo país mais racista do mundo
Negros perseguidos pelo estado, ceifados por 12 Pump
Essa é a democracia racial de sangue

Soluções para a tarefa

Respondido por samellaramos41
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Resposta:Em julho de 2020, Anthony Tommasini, principal crítico de música clássica do The New York Times, escreveu um artigo chamado Fim dos testes cegos é solução para levar diversidade a orquestras, traduzido no mês seguinte pela Folha de S.Paulo. Quando li o título, pensei que fosse ironia. Enquanto lia o artigo, ainda achava que o autor estivesse desenvolvendo uma ideia com a qual não concordava, fazendo uma espécie de argumentação-embuste para testar a aceitação do público sobre um despropósito, com intenção de, mais tarde, revelar a estratégia. Não era ironia nem embuste. Tommasini acha mesmo que testes cegos devem acabar na contratação de integrantes das orquestras com a finalidade de torná-las mais diversas racialmente.

Testes cegos são adotados por muitas orquestras – e por outros ramos do mundo da música, como a primeira seleção do programa The Voice – para que o perfil do candidato não sugestione a escolha do contratador, que deveria se pautar pela qualidade. Sem eles, um avaliador pontual que não percebe seu sutil racismo ou sexismo pode deixar de contratar uma pessoa competente em prol de outro candidato menor porque foi influenciado pela aparência. Portanto, testes cegos surgiram para fazer justiça ao mérito. Se meu avaliador não vê minha cor, meu gênero, minha beleza/feiura, minha indumentária ou se estou em cadeira de rodas, ele será obrigado a me julgar apenas pela minha habilidade e capacitação.

Seria benéfico se em outras áreas da vida profissional e estudantil fosse possível aplicar esses testes que primam pela qualidade e desencorajam que características geralmente irrelevantes para os fins da contratação tenham peso. A maioria dos concursos públicos, de certa forma, funciona como teste cego, assim como os vestibulares no Brasil: a seleção é feita puramente pelo domínio de conhecimentos dos assuntos da prova. (Em outro momento voltarei a esse tema, que tem nuances: teste cego não é panaceia.)

Estudos de psicologia social mostram que certas características estéticas podem dar vantagem na seleção de emprego, como é o caso do favorecimento das pessoas bonitas (lookism). Isso não acontece de maneira descomunal – é algo que se percebe mais quando se avaliam estatísticas de contratação –, então o fenômeno não é gritante. Para minar o pouco dele que ocorre, defende-se a adoção de testes cegos.

Mas Tommasini constata que tais testes não conseguem tornar orquestras estadunidenses diversas do ponto de vista racial. Então, em vez de propor que existam políticas públicas para melhorar o nível educacional das comunidades onde muitas pessoas negras estão – comunidades onde o tipo de música que se toca em orquestras é ainda mais raro de ser apreciado do que no restante da sociedade –, o crítico do NYT propõe a abolição dos testes cegos. Ele diz:

“[…] a transformação não foi suficiente. As orquestras americanas ainda figuram entre as instituições com menos diversidade racial do país, sobretudo [considerando] músicos negros e latinos. Um estudo de 2014 revelou que apenas 1,8% dos músicos das maiores orquestras eram negros e apenas 2,5%, latinos.”

E depois:

“O status quo não está funcionando. Para que a situação mude, as orquestras precisam poder adotar medidas proativas para combater o desequilíbrio racial enorme ainda existente em suas fileiras. Os testes cegos não podem continuar.”

Tommasini alega que a prática pode ser bem-intencionada, mas é restritiva, e que os sindicatos que a defendem não percebem o quanto ela faz mal para os próprios sindicatos, para as orquestras e para a música. O que importa agora é que as orquestras sejam “relevantes para suas comunidades”, palavras dele, e reparem desigualdades sociais.

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