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O tema do “desconcerto do mundo” é recorrente na lírica camoniana. No soneto acima, como esse tema é construído? *
Soluções para a tarefa
Resposta:
O desconcerto do mundo é tema recorrente na poesia camoniana. A sua própria vida é documento desse desconcerto, como assegura o epitáfio que mandou colocar sobre a sua sepultura D. Gonçalo Coutinho, o nobre que teve a fineza de custear o funeral do vate: Aqui jaz Luís de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu. Humanamente é de questionar como é que o príncipe dos poetas (do seu tempo e não só) vive e morre pobre e miseravelmente e assim morre. Não deveria a sorte e a sociedade compensá-lo pelo mérito?
A própria epopeia, que canta as glórias do povo português, não deixa de salientar uma linha moral. O tempo de esforço e glória é uma herança do passado, que os contemporâneos desdizem (como já denunciava Gil Vicente), pois, amam mal: desprezam os artistas e perseguem-nos; entretêm-se no luxo e no vício; são aduladores, corruptos e tiranos; e exploram o povo. Por isso, há que acautelar o futuro contra a “austera, apagada e vil tristeza” (C. X, 145) em que o reino mergulhou ou o “nevoeiro” em que Portugal se transformou, no dizer de Fernando Pessoa.
Explicação: