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Preconceito racial é toda e qualquer forma de expressão que discrimina uma etnia ou cultura por considerá-la inferior ou menos capaz.
Também designado de racismo ou preconceito de raça, o preconceito racial já existe na humanidade há muitos anos não só no Brasil, mas no mundo todo.
É importante referir que o próprio conceito de raça é uma construção social usada para definir o que na verdade é uma etnia. As chamadas raças humanas não existem como entidades biológicas.
Segundo Sérgio Pena, médico geneticista brasileiro, “...cada brasileiro tem uma proporção individual única de ancestralidade ameríndia, europeia e africana”. Portanto, não se pode afirmar que um indivíduo seja da raça x ou y com base na cor de sua pele.
Apesar de a maioria das pessoas só considerar a etnia negra quando o assunto é preconceito e racismo, atualmente esse problema moral e social também é sofrido por outras etnias.
Não é novidade, por exemplo, pessoas brancas que praticam alguma atividade ou que têm algum hábito originado na cultura negra serem ostracizadas ou julgadas como incorretas por estarem fazendo coisas que, segundo os racistas, “não são para brancos.”
Também é considerado preconceito racial o ato de atribuir determinados gostos ou capacidades a um indivíduo com a justificativa única de que tal é uma característica da etnia à qual esse indivíduo pertence.
É o chamado preconceito não intencional, onde embora possa não haver a intenção de discriminar, há a propagação de uma ideia de esteriótipo racial.
História do preconceito racial no Brasil
A história do racismo no Brasil teve início com a colonização portuguesa. Os primeiros a sofrerem preconceito por conta de sua etnia foram os índios nativos que habitavam as terras brasileiras aquando da chegada dos portugueses.
Esses índios, também utilizados como escravos, foram considerados inferiores e inclusive incapazes de desempenhar certas tarefas braçais das quais os portugueses necessitavam para cuidar, por exemplo, das lavouras de café e dos engenhos de açúcar. Foi então que em meados do século XVI, os colonizadores decidiram buscar negros africanos, considerados fisicamente mais fortes. Deu-se então o início ao tráfico de mão de obra.
Ao chegarem ao Brasil, os negros africanos tornaram-se escravos e propriedade dos colonizadores portugueses. A sociedade da época ficou dividida em duas partes: de um lado brancos e livres e de outros negros escravizados e sem qualquer tipo de direito.
Começaram então a aparecer as primeiras demonstrações de preconceito racial. Os negros foram impedidos de frequentar certos locais onde só era admitida a presença de pessoas que comprovassem a chamada pureza de raça, ou seja, que fossem 100% brancos.
Em 13 de maio de 1888, deu-se a abolição dos escravos, o que teoricamente os deixaria livres e em condições de viverem livres, mas no entanto, não foi assim que aconteceu.
Acostumados a viver dependentes de seus colonizadores, os então ex-escravos viram-se perdidos em uma sociedade para a qual eles não estavam preparados. Não tinham onde viver e nem mesmo como se sustentar. Muitos escravos preferiram, inclusive, continuar trabalhando para seus antigos donos em troca de habitação e comida.
Sem ter para onde ir, os escravos que não voltaram para seus donos começaram a povoar os subúrbios das cidades e formaram-se os então chamados bairros africanos, precursores das favelas. Essa população viveu sempre marginalizada, nos subúrbios e sem as mesmas condições de vida que as pessoas que viviam em regiões mais centrais.
Desde então, a população das favelas é formada por uma maioria negra ou afro-descendente e carenciada.
O período de escravidão deixou mazelas que ainda são notórias hoje em dia. O preconceito sofrido pelos morados das favelas, por exemplo, tem teores sociais, mas sobretudo raciais.