ME AJUDEM E PRA ENTREGAR HOJE PELO AMOR DE DEUS ME AJUDEM
O conto se passa em um bairro rico de
Recife, próximo a um palacete. Este
lugar, que tem a beleza como uma de
suas principais características, tem um
jardim também muito bonito, que chama
a atenção das personagens do conto. A
partir daí, a história “começa” (fatos importantes ocorrem).
Um dia, duas meninas passaram por esse bairro e avistaram tal palacete, que chamava a atenção.
Elas queriam se apropriar dele, mas não podiam. Uma delas ficou encantada com uma das rosas que
viram neste mesmo lugar, e então, a roubou, tomando cuidado para não ser vista. O enredo basicamente
se desenvolve em torno dos pensamentos para tal roubo, já que o desejo por aquela rosa, para esta
menina, era tão grande. Enquanto ela pegava as rosas, sua amiga vigiava, para que ninguém as visse.
Com o passar do tempo, passaram a roubar não só rosas com frequência, como pitangas também.
Apesar do narrador dizer que não se arrepende por roubar rosas quando pequena, o leitor nota que ela
nunca esqueceu esse fato, conservando em sua memória todos os detalhes (inclusive os emocionais) da
primeira vez em que roubou rosas, e procurando desculpar-se ao dizer que tem cem anos de perdão.
Podemos classificar resumidamente, as partes que constituem o conto, tais como a situação inicial, o
conflito, o clímax e o desenlace. A situação inicial é basicamente o fato das duas amigas olharem para os
palacetes. O conflito se dá quando uma delas teve o desejo de uma flor. O clímax, por sua vez, é o roubo
da flor, pois o resto do conto se baseia em tal ato. Já o desenlace, é o fato das meninas passarem a não
roubarem apenas flores, como pitangas também, e isso indica que ambas gostaram e continuaram o que
estavam fazendo (roubar).
Apenas duas personagens fazem parte deste conto e estas são apresentadas ao leitor logo no
começo. Ao decorrer deste, alteramos a imagem que tínhamos sobre ambas, pois não imaginaríamos que
elas roubariam flores/pitangas, já que no começo, parecem ser inocentes. Uma destas meninas é a
narradora. Ela pode ser caracterizada por uma narradora em primeira pessoa protagonista, e também
conta a história através de uma posição central, pois já que não narrou algo momentâneo, está distante
dos acontecimentos, mas apesar disto, nos conta detalhadamente tudo o que aconteceu, e então,
notamos que todos os eventos, personagens e elementos da história giram ao seu redor. Já a sua amiga,
pode ser caracterizada como uma personagem co-protagonista, pois possui uma relação próxima com o
protagonista e o ajuda na busca de seu objetivo, ou seja, no roubo das rosas.
O espaço em que o conto se passa compromete o que as personagens farão ao decorrer do mesmo, isto
é, o que elas fizeram dependeu de onde estavam. Pelo fato de, logo no começo, avistarem um palacete
que se situava em um bairro rico, ficaram comovidas com o mesmo e é a partir desta comoção que o
conto se desenvolve.
Notamos que, para o narrador, a rosa era um desejo inevitável, ou seja, a menina tinha necessidade
de possuí-la. Não sabemos ao certo porque ela tinha um desejo tão grande em roubar rosas, talvez para
tentar substituir outras necessidades que tinha, como o desejo daqueles palacetes, ou apenas por vontade
de cometer um erro.
Quando a menina se depara com a rosa, se distancia daquilo imposto pela sociedade (cultura), ou
seja, da proibição do roubo, e então, a partir daí, os valores, os princípios, as normas, as regras e os
costumes são deixados de lado. A menina deseja a rosa, sem medo do que pode acontecer, pois enfrenta
com muita naturalidade o fato de ter que roubá-la se quiser possuí-la. Este ato é considerado natural,
Leia o conto “Cem anos de Perdão”
de Clarice Lispector e responda as
perguntas abaixo:
apesar de parecer errado. A menina então enfrenta o mal e experimenta praticar ações consideradas pela
sociedade como criminosas, assim como dito anteriormente.
Pode-se perceber que esse conto relaciona o ato de roubar flores e pitangas com o erotismo, que não se
expressa explicitamente. Ao decorrer da narrativa, imaginamos detalhadamente as descrições deste ato e
o conto nos surpreende, pois logo no começo notamos que ele seria simples, mas depois, tudo muda. A
autora faz com que nos aprofundemos mais na história narrada, devido ao aprofundamento na descrição
detalhada do roubo da rosa e das pitangas, e a predominância da cor vermelha. Esse conto nos comove,
pois, a menina não queria apenas furtar flores e pitangas.
Assista ao vídeo: Vida e Obra de Clarice Lispect
4- Quem narra? É possível ser identificado? Dá para saber quem está contando a história?
5- O narrador conta de fora ou ele também é um dos personagens?
6- Há tema (uma situação) abordado por este texto que tem semelhança com uma situação do conto
“A Bela e a Fera”. Qual é esta situação?
Soluções para a tarefa
Respondido por
7
Resposta:
4) A personagem principal (uma sdas garotas)
5)Narrador personagem
6) Os duas história tem um roubo de uma rosa como o clímax
KetelynBnfc:
obg
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