Me ajudem
Além da imaginação
Tem gente passando fome.
E não é a fome que você imagina
entre uma refeição e outra.
Tem gente sentindo frio.
E não é o frio que você imagina
entre o chuveiro e a toalha.
Tem gente muito doente.
E não é a doença que você imagina
entre a receita e a aspirina.
Tem gente sem esperança.
E não é o desalento que você imagina
entre o pesadelo e o despertar.
Tem gente pelos cantos.
E não são os cantos que você imagina
entre o passeio e a casa.
Tem gente sem dinheiro.
E não é a falta que você imagina
entre o presente e a mesada.
Tem gente pedindo ajuda.
E não é aquela que você imagina
entre a escola e a novela.
Tem gente que existe e parece
imaginação.
ULISSES TAVARES. Viva a poesia viva. 9.ed.
São Paulo: Saraiva, 2009. P.57.
1. Nesses versos, o eu lírico emprega a repetição para reforçar certas ideias. Observe que o poema apresenta
uma única estrofe com versos de extensão irregular. Nos três primeiros versos, a que tipo de fome o lírico
se refere?
2. Explique porque há pessoas que sentem um frio bastante intenso.
3. No poema, o eu lírico continua a enumerar outros problemas que muitas pessoas enfrentam para
sobreviver. Em sua opinião, por que o eu lírico diz que não imaginamos a doença a que ele se refere?
4. Como você supõe que seria a desesperança dessa gente mal assistida que vive à margem da sociedade?
5. O que se pode concluir em relação ao verso “Tem gente pelos cantos”?
Soluções para a tarefa
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Resposta:
que que tem para fazer na atividade
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