Question

me ajudem aii
O branco açúcar que adoçará meu café
Nesta manhã de Ipanema
Não foi produzido por mim
Nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puro
E afável ao paladar
Como beijo de moça, água
Na pele, flor
Que se dissolve na boca. Mas este açúcar
Não foi feito por mim.

Este açúcar veio
Da mercearia da esquina e
Tampouco o fez o Oliveira,
Dono da mercearia.
Este açúcar veio
De uma usina de açúcar em Pernambuco
Ou no Estado do Rio
E tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era cana
E veio dos canaviais extensos
Que não nascem por acaso
No regaço do vale.

Em lugares distantes,
Onde não há hospital,
Nem escola, homens que não sabem ler e morrem de fome
Aos 27 anos
Plantaram e colheram a cana
Que viraria açúcar.
Em usinas escuras, homens de vida amarga
E dura
Produziram este açúcar
Branco e puro
Com que adoço meu café esta manhã
Em Ipanema.
a:qual a principal critica que o poema faz?
b:onde o açucar é produzido?sera que há usinas apenas no rio de janeiro e em pernanbuco?
c:qual meteria prima para produção do açucar
d qual analogia o autor faz com o sabor do açucar?

Answer 1

Alternativa“e”. O texto I, embora seja literário, também fala da realidade, utilizando-se da expressão literária para construir novos significados. Não podemos afirmar, portanto, que o texto de Ferreira Gullar seja fruto da imaginação do poeta, ele apenas escolheu o discurso literário para expor sua opinião sobre o assunto em questão.


Espero ter ajudado ;) Bons estudos!!

Answer 2

Olá!

ALTERNATIVA E

O eu-lírico do poema destaca o processo de fabricação do açúcar. A desigualdade social apresentada está na situação vivenciada pelos trabalhadores dos canaviais e também das usinas onde se fabrica o açúcar.

Veja o que o eu-lírico disse sobre os trabalhadores dos canaviais: "homens que não sabem ler nem escrever e morrem de fome aos 27 anos". Sobre os trabalhadores das usinas, ele disse: "em usinas escuras (explicitando as condições de trabalho) homens de vida amarga".

Veja que o eu-lírico contrasta o açúcar doce que ele consome em Ipanema com a exploração dos trabalhadores que o produzem "em lugares distantes, onde não há hospital". Alternativa letra E.

BONS ESTUDOS