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Como se formou a classe operaria nas cidades ??
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Na passagem do século XIX para o XX, a economia brasileira continuava a ser agroexportadora.
Enriquecidos, os cafeicultores passaram a aplicar recursos no comércio e na indústria. Alguns imigrantes que trouxeram recursos para o Brasil também recebiam esses investimentos, os setores mais desenvolvidos eram os alimentos e têxtil. Assim nascia a industrialização brasileira.
O Rio de Janeiro era o principal pólo industrial deste período, em 1907 contava com 3.120 fábricas.
Na década de 1920, São Paulo toma à frente do Rio como pólo distribuidor, exportador e importador. Nesse período chegam por aqui as primeiras montadoras de automóveis e as indústrias químicas, se instalando em SP.
A formação da classe operária no Brasil inicia-se com a chegada dos imigrantes europeus ao Brasil, substituindo a mão de obra escrava. A principio esses imigrantes eram encaminhados para fazendas de café, mas conforme as fábricas foram sendo instaladas no Rio e SP, houve uma migração desta mão de obra.
A população saltou de 20 mil habitantes em 1870, para 600 mil em 1920. Um moderno sistema de transporte e eletrificação faziam com que a produção crescesse, facilitando o lucro dos patrões. As fábricas eram quase prisões, pois funcionavam em galpões fechados, vigiados por guardas armados, e os operários eram revistados constantemente. Além disso, os salários eram muito baixos, a s jornadas chegavam a 18 horas diárias, e não havia nenhuma regulamentação que preservasse o trabalhador e a mão de obra mais utilizada eram a infantil e feminina, pois os salários eram mais baixos.
No caso do trabalho infantil, este era em especial mais cruel, pois arrebatava crianças a partir de cinco anos de idade. "Dos 10.204 operários recenseados em 1901, 2.648 eram homens e 6.801 mulheres. Dentre as 6.801 operárias, 1.706 maiores de 22 anos, 2.966 entre 16 e 22 anos, 1.885 entre 12 e 16 anos e 244 abaixo dos 12 anos. Entre os operários, 1.825 eram maiores de 16 anos, 696 estavam entre 12 e 16 anos e 127 menores de 12 anos." (fonte Indústria, Trabalho e Cotidiano - Maria Auxiliadora Guzzo de Decca pp. 36 e 37).
Segundo a legislação, não era permitido trabalho aos menores de 12 anos, mas como sempre a legislação era desrespeitada, com todo apoio dos governantes.
Desta forma, o trabalhador começou a se organizar, em 1902 é fundado o Partido Socialista Brasileiro, a presença dos anarquistas era muito forte no movimento operário.
Em 1917, a reboque da Revolução Russa, estourou a primeira greve dos trabalhadores das fábricas de tecido em SP. A repressão foi muito forte, e um operário morto pela polícia.
Após essa greve, foi sancionada a Lei Adolfo Gordo, que previa a expulsão de anarquistas do Brasil. O movimento operário passou por um período de estagnação. Somente em 1930, quando Getúlio Vargas chega ao poder, é que as leis trabalhistas serão regulamentadas.
Enriquecidos, os cafeicultores passaram a aplicar recursos no comércio e na indústria. Alguns imigrantes que trouxeram recursos para o Brasil também recebiam esses investimentos, os setores mais desenvolvidos eram os alimentos e têxtil. Assim nascia a industrialização brasileira.
O Rio de Janeiro era o principal pólo industrial deste período, em 1907 contava com 3.120 fábricas.
Na década de 1920, São Paulo toma à frente do Rio como pólo distribuidor, exportador e importador. Nesse período chegam por aqui as primeiras montadoras de automóveis e as indústrias químicas, se instalando em SP.
A formação da classe operária no Brasil inicia-se com a chegada dos imigrantes europeus ao Brasil, substituindo a mão de obra escrava. A principio esses imigrantes eram encaminhados para fazendas de café, mas conforme as fábricas foram sendo instaladas no Rio e SP, houve uma migração desta mão de obra.
A população saltou de 20 mil habitantes em 1870, para 600 mil em 1920. Um moderno sistema de transporte e eletrificação faziam com que a produção crescesse, facilitando o lucro dos patrões. As fábricas eram quase prisões, pois funcionavam em galpões fechados, vigiados por guardas armados, e os operários eram revistados constantemente. Além disso, os salários eram muito baixos, a s jornadas chegavam a 18 horas diárias, e não havia nenhuma regulamentação que preservasse o trabalhador e a mão de obra mais utilizada eram a infantil e feminina, pois os salários eram mais baixos.
No caso do trabalho infantil, este era em especial mais cruel, pois arrebatava crianças a partir de cinco anos de idade. "Dos 10.204 operários recenseados em 1901, 2.648 eram homens e 6.801 mulheres. Dentre as 6.801 operárias, 1.706 maiores de 22 anos, 2.966 entre 16 e 22 anos, 1.885 entre 12 e 16 anos e 244 abaixo dos 12 anos. Entre os operários, 1.825 eram maiores de 16 anos, 696 estavam entre 12 e 16 anos e 127 menores de 12 anos." (fonte Indústria, Trabalho e Cotidiano - Maria Auxiliadora Guzzo de Decca pp. 36 e 37).
Segundo a legislação, não era permitido trabalho aos menores de 12 anos, mas como sempre a legislação era desrespeitada, com todo apoio dos governantes.
Desta forma, o trabalhador começou a se organizar, em 1902 é fundado o Partido Socialista Brasileiro, a presença dos anarquistas era muito forte no movimento operário.
Em 1917, a reboque da Revolução Russa, estourou a primeira greve dos trabalhadores das fábricas de tecido em SP. A repressão foi muito forte, e um operário morto pela polícia.
Após essa greve, foi sancionada a Lei Adolfo Gordo, que previa a expulsão de anarquistas do Brasil. O movimento operário passou por um período de estagnação. Somente em 1930, quando Getúlio Vargas chega ao poder, é que as leis trabalhistas serão regulamentadas.
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