História, perguntado por twonumber9s, 9 meses atrás

Me ajuda aí vai, 45 pontos só 4 questões

“Diagnósticos recentes sobre a situação econômica e social da América Latina indicam que a região diferenciou-se ao longo da década passada no que se refere ao crescimento da economia e desempenho do mercado de trabalho: os países do norte […] [México, República Dominicana, Honduras, El Salvador, Costa Rica e Guatemala] obtiveram melhores resultados que aqueles do sul (América do Sul). A explicação para o melhor desempenho do primeiro conjunto de países reside no maior dinamismo econômico alcançado pela ampliação do setor industrial […]. Os objetivos da configuração industrial adotada pelos países do norte foram alcançados por meio de exportações crescentes para mercados de setores dinâmicos do comércio internacional, especialmente aqueles dos Estados Unidos […]. As exportações dos países do sul inserem-se em mercados menos dinâmicos (agroindústria, celulose, aço etc.), exceto no caso do Chile. Além disso, mesmo com a reestruturação implementada nesse período, a indústria nos países do sul encontra-se mais orientada para o setor doméstico. Como, em muitos países, a sua dinâmica econômica interna foi contida pela política macroeconômica que tinha por objetivo principal a estabilidade dos preços, acabou por mostrar-se insuficiente para permitir expansão da produção industrial, liderando o crescimento econômico e gerando um maior número de empregos.

da década de 1990 […]. A crise financeira da Ásia […] desvalorizou as moedas dos países asiáticos aumentando a competitividade de suas exportações com relação àquelas dos países latino-americanos […]. A desvalorização cambial brasileira afetou os países do Mercosul, por meio da diminuição das exportações da Argentina e Uruguai para o Brasil, acarretando recessão econômica nesses dois países. Por fim, a expectativa positiva sobre a recuperação econômica dos países do sul foi finalmente frustrada com fatos recentes: a crise financeira internacional a partir dos últimos dois anos da década passada [de 1990], nos quais se confirmou a retração da entrada de capitais para a região; a queda nos preços dos produtos básicos de exportação, com exceção do petróleo; a recessão norte-americana que se agravou após o 11 de setembro de 2001; […] a perda de credibilidade de grandes empresas norte-americanas e francesas, […] diminuindo a entrada de capitais para a região latino-americana, em 2002.”

1 - As autoras do texto dividem a América Latina em países do norte e do sul. Quais são esses países conforme essa divisão?

2 - Por que os países do norte tiveram melhor desempenho no crescimento da economia que os países do sul?

3 - Que fatores intensificaram a baixa recuperação econômica dos países da América do Sul?

4 - A desvalorização do real, citada no texto, ocorreu durante o governo de que presidente do Brasil?

Soluções para a tarefa

Respondido por jamilyvargas267
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Resposta:

Argumentamos que a superação da crise do modelo neoliberal de crescimento econômico, da crise do padrão de

acumulação dependente e da crise do modo de produção capitalista tende a se dar por meio de mudanças estruturais vinculadas à

situação dos 211 milhões de pobres na América Latina. Desta forma, encaramos a possibilidade da erradicação da pobreza como

uma mudança social capaz de dar um mínimo de cidadania possível a essa população e de criar condições para futuras

transformações.

Afirmamos que a pobreza e a desigualdade, não sendo exclusivas do capitalismo, persistem e crescem neste modo de

produção hegemônico no planeta devido a dois processos: 1) o crescimento econômico capitalista, ou seja, a expansão comercial e o

investimento externo como processos que extraem o excedente dos setores e classes não-capitalistas (mercados externos) e

constituem e consolidam nas áreas periféricas do sistema o imperialismo e sua contrapartida interna, a dependência; e, por outro

lado, 2) a superexploração dos trabalhadores por meio da extração crescente de mais-valia (intensificando o trabalho e diminuindo

os salários com relação ao valor da força de trabalho), e o processo simultâneo de inclusão marginal no sistema dos desempregados e

pobres que trabalham (working poor).

Isto é, o desenvolvimento e a dinâmica decorrente da própria expansão do capitalismo produz um exército industrial de

reserva e, concomitantemente, um lumpemproletariado considerável. O exército de reserva é classicamente associado ao

funcionamento econômico do sistema capitalista. Sustentamos aqui que o lumpemproletariado constitui-se também num produto do

sistema capitalista, enquanto população economicamente marginalizada, socialmente excluída, e politicamente destituída dos seus

direitos básicos. Em suma, uma transformação na condição dessa pobreza estrutural implica em mudanças estruturais que superem a

condição de subcidadãos ou lumpencidadãos desses grupos excluídos.

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