Mata Atlântica tem mais aves em risco do que se pensava, diz estudo
1 Em um estudo publicado esta semana no periódico Pios One, um time de pesquisadores liderados por Gareth Russel, do Instituto de Tecnologia de New Jersey, nos EUA, aplicou um novo método para relacionar a fragmentação do habitat à sustentabilidade das populações.
2 “Nosso objetivo foi analisar o risco de extinção na Mata Atlântica brasileira, local rico em variedade de pássaros”, diz Russel. “Já sabíamos que a maioria das espécies tem acesso a muito menos do que o habitat tipicamente assumido para elas. Mas o que permanece do habitat também é altamente fragmentado. Olhando a área por si só não é suficiente."
3 Mapas mais precisos dos habitats mostram a extinção causada pela fragmentação, mas pesquisadores ainda precisam relacionar a distribuição dos habitats de cada espécie ao seu risco de extinção de uma maneira objetiva e consistente.
4 O estudo aplicou o método para 127 aves passeriformes que habitam a Mata Atlântica, uma área que perdeu mais de 90% da sua floresta original.
5 A primeira conclusão dos cientistas é que as espécies caíram em dois grupos distintos: aqueles em que o impacto de fragmentação foi grave, e aqueles em que foi relativamente leve. Houve algumas espécies no meio, isto imediatamente sugere uma forma simples em que padrões de fragmentação podem contribuir para a avaliação da ameaça.
6 Os autores também descobriram que de 58 espécies que possuem habitats severamente fragmentados, 28 não são atualmente consideradas ameaçadas, de acordo com a mais recente lista vermelha publicada pela União Internacional para a Conservação da Natureza.
7 Com esses resultados, os autores recomendam que a classificação de risco dessas espécies seja reexaminada.
8 “As espécies mais ameaçadas são muitas vezes as mais raras e, portanto, também as mais difíceis de encontrar e estudar. Nossa abordagem requer apenas conhecimentos básicos sobre uma espécie, mas otimiza essa informação ao associá-la à recente avalanche de dados sobre o meio ambiente”, diz Russel.
9 Os pesquisadores acreditam que o trabalho pode ser aplicado a outros biomas e a outras espécies, ajudando a identificar espécies em risco de diferentes grupos e em diferentes regiões do planeta.
Disponível em: . Acesso em: 3 maio 2013. Adaptado.
Assinale a alternativa correta sobre o texto.
A
Segundo o parágrafo 4, a perda de 90% da floresta original não constitui risco para a preservação das espécies.
B
A frase “[...] as espécies caíram em dois grupos distintos“ (parágrafo 5) é ambígua, pois o verbo caíram tanto pode significar “diminuíram em quantidade” como “incidiram”, “ocorreram”.
C
Segundo o parágrafo 5, em muitos casos, o impacto da fragmentação foi relativamente leve. Por isso, é simplismo considerá-lo uma ameaça à sobrevivência das espécies.
D
Segundo o parágrafo 6, metade das espécies (28 em 58) que vivem em habitat descontínuo não está ameaçada de extinção.
danistavares:
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A resposta certa é a alternativa B.
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B
A frase “[...] as espécies caíram em dois grupos distintos“ (parágrafo 5) é ambígua, pois o verbo caíram tanto pode significar “diminuíram em quantidade” como “incidiram”, “ocorreram”.
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