Mata Atlántica,
sua história
1. Quais são suas impressões 20 comparar os dois mapas acima? Observe que a mata atlântica se
desenvolve na faixa litoranca Use o mapa da Bahia e nele identifique pintando, a área correspondente à
Mata Atlántica baiana
Soluções para a tarefa
Resposta:Na Bahia, um dos primeiros focos da colonização portuguesa, a maioria dos documentos do início do período colonial se limitam à representação da costa e do entorno imediato da Baia de Todos os Santos. Os primeiros cartogramas remontam ao século XVI, mas os limites geográficos ultrapassam raramente, do lado ocidental, a vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, fundada em 1698. Para conhecer o território além deste ponto, torna-se necessário recorrer a mapas regionais ou continentais, cuja escala não permite maior detalhamento. Durante todo este tempo, o sertão é cenário de desconhecimento, de guerra e de seca mas, ao mesmo tempo, sofre uma enorme pressão pela ampliação e pelo controle das terras:
3“A política de ocupação das terras, para o cultivo da cana de açúcar ou de outra atividade lucrativa, sejam as do ‘Sertão de Dentro’ ou as do ‘Sertão de Fora’, tornou-se o alvo número um da colonização. Este objetivo teve seu desdobramento em todos os níveis da ação das partes interessadas” (Ferraz & Barbosa 2015: 142).
4Por outro lado, representações textuais do interior da Bahia são encontradas em relatos de viajantes, oficiais ou não, que percorreram o sertão nos séculos XVIII e XIX. Neves e Miguel (2007) publicaram relatórios realizados entre 1721 e 1808, por oficiais da Coroa, nos caminhos ligando Salvador à região das minas da Chapada Diamantina e do Rio das Contas. Pela sua natureza, estes documentos apontam para caminhos retos de um ponto a outro, e deixam pouco espaço para a imensidão do sertão. Da região costeira, duas vias principais interligavam a de Cachoeira ao Rio das Contas, ao sudoeste, e a capital, Salvador, à Vila das Jacobinas, ao noroeste.
Apesar deste contexto relativamente limitado, outros documentos precisam ser analisados que podem contextualizar melhor a penetração portuguesa nestas terras. Datados globalmente do século XVIII, três mapas anônimos mantidos na Biblioteca Nacional mostram o território da Bahia se estendendo por mais de 100 quilômetros no oeste, muito além do porto da Cachoeira.
Os cartogramas, todavia, não contêm informações explícitas a respeito da sua autoria, nem legendas ou notas, como é costumeiro encontrar em cartogramas da época. Aparecem somente as ferramentas mais básicas, indispensáveis para a leitura das informações: um título, uma bússola, uma escala em léguas, e uma grade de coordenadas na moldura. Neste artigo, analisaremos em profundidade o conteúdo dos mapas e o seu contexto, de maneira a indicar com maior precisão a época da sua realização. Apresentaremos também uma análise espacial destinada à abordar um dos principais problemas, a ausência de legenda detalhando a natureza dos diversos locais indicados.