MARIA LUCIA FERNANDES MEDEIROS
Maria Lúcia Fernandes Medeiros ou mais popularmente chamada de Lucinha Medeiro foi uma
escritora, poeta e professora paraense,
Foi a primeira professora de Redação e de Literatura Infanto-juvenil, disciplina que ajudou a inserir
no desenho curricular do Curso de Letras da Universidade Federal do Pará, a época. Era também uma
grande colaboradora da Universidade da Amazônia (UNAMA) em Belém, envolvida em projetos e
palestras, chegando a publicar textos de sua autoria na revista da UNAMA intitulada "Asas da palavra"
desde 1995
Estreou na ficção com o livro de contos "Zeus OU A Menina E Os Oculos" (1988), Depois publicou
"Velas, Por Quem?" (1990). "Quarto De Hora" (1994), "Horizonte Silencioso" (2000) "ChuCabricss"
(2005)
Com sua seriedade foi uma escritora de excelente produção literaria, além da função de professora
e poeta. Reconhecida como uma das maiores contistas paraenses, tornou-se um dos mais importantes
Icones literarios do Pará.
Seus livros falam de sentimentos, entre eles a angustia e a solidão, com destaque para o vies
emocional e da personalidade da escritora bragantina e são ambientados numa época chamada por ela de
"modernidade". Um exemplo disso é o livro "Horizonte Silencioso", em que se destaca uma linguagem de
enorme nostalgia, quando Lucinha Medeiros abordava a mudança do tempo, aspectos de sua infancia e
adolescência
Seus textos eram fortes e quase autobiográficos. Sua escrita marcante era facilmente descoberta
por seus leitores e admiradores da sua obra. Entre seus livros mais lidos estão os contos em felas Por
Quem?" e "Zeus Ou A Menina E Os Óculos".
VELAS, POR QUEM?
Fatal foi teres chegado de manhãzinha, teus olhos de sono, quando ainda a cidade se espreguiçava
e teres visto o casario, as ruelas tortuosas, os homens a gritar nomes e coisas,
O cheiro do café e o cheiro das frutas, o abafado cheiro das roupas a entranhar na tua deskcrença a
resina, o último cheiro do abraço que deixaras dias atrás entre o espanto e a euforia,
Fatal foi a má comparação que fizeste das velas de encardido colorido com o tecido que mal
escondia teus pudores. Tuas unhas entre o roxo e o vermelho copiaste de onde?
Ao saltares dessas águas barrentas, ao abandonares sem saudade, rápido se perdeu o teu barco
entre os tantos aportados naquele cais. Fatal foi tropeçares e seguires aos solavancos pelas ruas achando
que eram de boas-vindas os olhares. Ao pé do casarão mal iluminado fatal foi pensares que ofereciam
vida nova, pois ouviste os sinos.
A familia dormia ainda. Soubeste logo que havia menino, que havia menina, um doutor e sua mulher
a quem devias servir, branca e alta mulher
Mas te alimentaram antes, botaram à tua frente o pão que molhaste cuidadosamente no café preto
para não acordar a tua eterna dor de dentes. Fatal foi ignorares os deveres tantos que ressoavam nas
campainhas pelo casarão inteiro e pudeste rir, sorrir e te alegrar tantas eram as correrias, o leiteiro, o
padeiro, o telefone... Pela janelinha lá do sótão era possível ver o río, os pombos em revoada pelos
telhados e até dizias "chó bacurau, cho bicho" e rias do teu próprio riso doido doido, e te apoiavas ora num
pe ora no outro
Mas ao ouvir a voz "O pequena", desabalada era tua carreira pelas escadas, era a hora de retirar o
urinol de porcelana com a urina da branca senhora que um dia ficou roxa porque te pegou dizendo "péra lá
que eu vou tirá o mijo da mulhé" e te trancou e quase te esmagou na porta para que consertasseg a lingua,
O pequena! Terias que dizer "fazer o meu serviço, cumprir minha obrigação" aprendeste logo sem
compreender. qual é o tema?
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Resposta:
não entendi explica melhor
Explicação:
conceicaocarvalho061:
oq você entendeu do texto?
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