História, perguntado por vinicius8239, 7 meses atrás

Marco Polo foi um comerciante, diplomata, explorador e viajante conhecido pelas suas viagens ao Oriente. Explique como as suas aventuras estimularam a cobiça dos europeus​

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Respondido por gamesingrid2
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Resposta:

A família de Marco Polo dedicava-se ao comércio com o Oriente e desde cedo ele ouvia as histórias do seu pai e tio sobre as cidades por onde passavam.

Neste período, Veneza era um dos principais portos europeus e recebia grande parte dos produtos da Índia e da China. Assim, Marco Polo já estava familiarizado com línguas distintas e pessoas provenientes de todas as partes do mundo.

Em 1271, o pai e o tio resolvem levar Marco Polo para uma viagem à China. Eles seguem pela Rota da Seda, uma das mais utilizadas pelos comerciantes para chegar a este país. Primeiro, viajam em barco e depois seguem por terra.

Quatro anos depois, em 1275, Marco Polo chega à China e conhece o imperador mongol Kublai Khan. Neste momento, a China está dominada por este povo e Kublai era neto do célebre conquistador Genghis Khan.

O imperador o emprega como embaixador e deste modo, Marco Polo viaja por todo o reino. Em cada missão, ele observa as paisagens, a arquitetura, a fauna, a flora, e o aspecto dos seus habitantes.

Igualmente, o explorador chega à Índia e descreve os encantadores de serpente, os religiosos que rezavam pela proteção dos pescadores de pérolas e os temperos locais como o gengibre e a noz-moscada.

Após 17 anos no Oriente, ele retorna à Veneza. A viagem dura quatro anos e ninguém o reconhece na sua cidade natal, pois chega à cidade vestido como um mongol e falando o dialeto veneziano com sotaque.

Marco Polo trouxe várias pedras preciosas e ricos produtos do Oriente. Por isso, o palácio de sua família ficou conhecido como “Il Milione” (O Milhão) uma referência à riqueza que possuíam.

Pouco depois de seu regresso, Veneza entra em guerra com sua eterna rival, a República de Gênova. Marco Polo arma navios e participada das batalhas, mas é feito prisioneiro em 1296. Nesta ocasião, ele narra suas histórias pelo Oriente para seu companheiro de cela, Rustichello de Pisa.

Após ser libertado e voltar à Veneza, Marco Polo retoma suas atividades de comerciante, casa-se e tem três filhas. Também fará parte do Grande Conselho da República de Veneza e falece em 1324.

Livro "As viagens de Marco Polo"

Os relatos de Marco Polo foram reunidos no "Livro das Maravilhas", mais conhecido em português sob o título de "As viagens de Marco Polo".

O história não é de autoria de Marco Polo, mas sim de Rustichello de Pisa, mas acredita-se que Marco Polo tenha revisado o manuscrito.

No livro são narradas as aventuras de Marco Polo em lugares como a Turquia, Armênia, Geórgia, Afeganistão, Cachemira, Tibete, China, Mongólia e Japão.

Igualmente, comenta sobre a grandiosidade da atual Pequim, narra as festas locais e descreve animais como o unicórnio. Do mesmo modo, conta sobre as curiosidades da Ásia que seriam estranhas para um europeu daquele momento como o fato do imperador Kublai Khan ter quatro esposas e vinte e dois filhos.

A publicação também é um manual de conselhos para os comerciantes que precisam fazer negócios com os povos orientais, pois há recomendações sobre os trajetos e precauções que o viajante deve ter ao entrar na Rota da Seda.

No último capítulo, Marco Polo descreve as características econômicas e assim relata como era feita a preciosa seda, que era obtida a partir da criação do inseto em plantações de amoreiras. Não esconde sua admiração pela porcelana e pensa que é derivada de um molusco que recebia este nome.

Marco Polo esteve ou não no Oriente?

Vários estudiosos duvidam que Marco Polo tenha estado no Oriente.

Além de não mencionar vários aspectos da vida da corte chinesa, não há nenhum documento, seja mongol ou chinês, que confirme que ele tenha servido como diplomata para o imperador.

Ademais, ele não cita lugares importante como a Muralha Chinesa e nem faz comentários sobre o costume de tomar chá, bebida que ainda não existia na Europa, nem sobre a caligrafia chinesa, algo exótico até hoje para os ocidentais.

No entanto, em 2012, o historiador alemão Hans Ulrich Vogel, argumentou que, provavelmente, Marco Polo não destacou a Muralha da China porque esta construção ainda não tinha a grandiosidade que alcançaria um século mais tarde.

O estudioso também chama a atenção para o fato que o explorador descreveu com precisão a produção de sal na Era Yuan, por exemplo. Segundo ele, seria a prova que a história de Marco Polo é verídica.

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Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia

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