Português, perguntado por Biareis18, 11 meses atrás

Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na Internet.
Trabalho de português ten que. fazer uma redação

Soluções para a tarefa

Respondido por LarissaMoura3
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Olá!

A manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet é um tema bastante atual. Todos os dias convivemos com essa questão ao acessar as redes sociais, por exemplo. Outro exemplo é a manipulação que as empresas podem fazer devido ao nosso comportamento em sites de buscas e compras.  

Outra questão importante é o marco civil da internet, uma lei que possibilita que as empresas privadas acessem informações de usuários com aceitação dos termos de uso. Dessa forma, é de fundamental importância que o usuário se atente a forma como disponibiliza suas informações na internet.

Espero ter ajudado, bons estudos!

Respondido por larissadasilva83
9

Resposta:

Explicação:

A era digital revolucionou a forma de interagir, as relações de consumo e o acesso a todo tipo de serviço e comodidade. Se a evolução tecnológica foi capaz de proporcionar tanta facilidade e ganho de tempo e de recursos ao dia-a-dia das pessoas, por outro lado expôs, repentinamente, a vida de milhões ao universo de notícias, algoritmos e publicidade virtuais. Durante muito tempo, o alvo de críticas à falta de privacidade foram as redes sociais e o excessivo exibicionismo por parte de seus membros. Entretanto, o que dizer da utilização de dados pessoais por empresas, governos ou órgãos de imprensa, sem que o usuário esteja ciente do conteúdo oferecido e propositalmente direcionado?

Em 2018, Mark Zuckerberg assumiu, durante depoimento, o erro cometido pelo Facebook ao permitir o vazamento de dados de milhões de pessoas pela consultoria política Cambridge Analytics, que deles fazia uso para fins eleitorais. O episódio é significativo não apenas pelo vazamento de informações em si, que já não é mais uma novidade, mas principalmente pela grande repercussão social que teve. Ficou então demonstrado que há, de fato, uma preocupação crescente em torno do assunto e, mais do que isso: que as pessoas estão cada vez mais conscientes e incomodadas com as tentativas de manipulação que vêm sofrendo.

Além disso, é evidente que a insatisfação dos usuários se deve não só ao uso de dados para fins estranhos aos expressamente autorizados, mas também ao controle de suas preferências pessoais, culturais e até mesmo gastronômicas. Tal manipulação é exercida por sistemas de algoritmos que filtram, selecionam e omitem conteúdos de acordo com critérios preestabelecidos de “relevância”, que nada mais são do que a subtração do poder de decisão do indivíduo e sua transferência para o domínio de robôs munidos de inteligência artificial. A humanidade, pouco a pouco, tem se dado conta de que a web, há tempos, ultrapassara a linha que separa a difusão do conhecimento em larga escala da influência indiscriminada sobre o pensamento.

Sendo assim, é nítida a necessidade de uma mudança na forma de lidar com o acesso e coleta de informações online. Porém, ainda mais importante do que a criação de mecanismos que assegurem o seu sigilo, o que ainda tem se mostrado um desafio, é o desenvolvimento da capacidade de discernimento na assimilação do conteúdo oferecido pelas plataformas virtuais. Nesse sentido, a inclusão de alertas e avisos sobre o caráter político ou comercial de determinadas publicações seria uma forma de contribuir para tornar a postura do usuário menos passiva e vulnerável no meio cibernético. Além disso, o investimento em políticas educativas visando à orientação da população no uso de redes sociais, por exemplo, seria uma medida eficaz e eticamente viável frente à ausência de privacidade na internet.

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