Machado de Assis, mesmo nascendo em um período de transição entre o Romantismo e o Realismo, não se encaixava em nenhuma dessas escolas literárias e chegou a criticar inclusive: *
a) o amor romântico;
b) o exagero de sentimentos do Romantismo;
c) a triste realidade abordada pelos realistas;
d) o detalhamento exagerado de lugares e situações;
e) a ironia.
Soluções para a tarefa
Resposta:
O Realismo no Brasil tem como marco inicial a obra Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis.
O Brasil, durante o período de passagem do Romantismo para o Realismo, sofreu inúmeras mudanças na história econômica, política e social.
O Realismo encontrou no Brasil uma realidade propícia para a ascensão da literatura, já que escritores como Castro Alves e José de Alencar haviam preparado o terreno. O país havia vivenciado fatos importantes como a Guerra do Paraguai (1864 – 1870), a campanha abolicionista, o fortalecimento da economia agrária.
A queda da escravidão e do Império criou uma nova realidade no país; a vida social e cultural tornou-se mais ativa, ambas influenciadas por ideais europeus: liberalismo, socialismo, positivismo, cientificismo, etc.
É nesse contexto que surge um dos mais importantes escritores de nossa literatura: Machado de Assis (1839 – 1908).
Machado de Assis nasceu na cidade do Rio de Janeiro, era mestiço e de origem humilde. Cresceu sob os cuidados da madrasta Maria Inês, pois assim como a mãe, a portuguesa Maria Leopoldina, seu pai, o mulato Francisco José de Assis, morreu cedo. Apesar de ter freqüentado escola pública e começado a trabalhar desde cedo, alcançou boa posição como funcionário público, cargo que lhe proporcionou tranqüilidade financeira. Casado com Carolina Xavier de Novais, Machado de Assis dedicou-se à literatura e produziu a melhor prosa brasileira do século XIX.
O escritor compôs cerca de duzentos contos.
Os romances e contos anteriores à década de 1880 revelam influências românticas, assim como Ressurreição (1872), A mão e a luva (1874), Helena (1876), Iaiá Garcia (1878), Contos Fluminenses (1870) e Histórias da meia-noite (1873).
Machado revela-se mais maduro a partir da publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas (1881); essa marca a segunda etapa de sua produção. O escritor desenvolve uma ironia feroz, retrata um humor velado e amargo em relação àquilo que retrata.
Nessa nova fase incluem-se os romances Quincas Borba (1891), Dom Casmurro ( 1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908). Entre seus inúmeros contos estão: “O alienista”, “A cartomante”, “Missa do galo”, “Uns braços”, “O espelho”, “Cantiga de esponsais”, “Teoria do medalhão”, “A causa secreta”.
Machado de Assis produziu uma obra inovadora, que vem conquistando consecutivas gerações de leitores.
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