Logo depois do nascimento deste filho meu e de minha muito boa esposa, eu e ela discutimos sobre o nome a dar a ele. Ela queria que o nometivesse alguma coisa que lembrasse ?cavalo": Xântipo, Cáripo ou Calipides. Eu, pensando no avô dele, queria que fosse Filonides A discussão durou muito tempo, mas finalmente a gente concordou com Fidipides. Ensinando a ele as palavras a mãe dizia: ?Quando você guiar o seu carro para ir à cidade, como Megaclés, vestindo uma túnica da cor de púrpura...?. E eu dizia: ?Em vez disso, quando você trouxer as cabras do monte Fileu, como seu pai, vestido com uma pele de cabra...?. Mas ele não quis de jeito nenhum ouvir as minhas palavras e atropelou meus bens com seus cavalos. Agora, obrigado a procurar durante toda a noite a melhor saída, só achei uma: um caminho divinamente maravilhoso; se eu puder convencer meu filho a seguir esse caminho, estou salvo! [...] (ARISTÓFANES, 2000, p. 16). Leia o texto e interprete as relações entre pais e filho. Compare essa relação com a de Homero.
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Homero foi um autor de poesia épica, de modo que os seus escritos buscavam criar a "história ideológica" da Grécia, não tendo um compromisso com relatar os fatos históricos ou sociais. Por conta disto, a relação entre pai e filho (como ocorre com Odisseu e Telêmaco) é idealizada, os filhos são obedientes aos seus pais, e são, como eles, grandes homens.
Já Aristófanes era um autor de comédias, uma forma artística de crítica social, de modo que busca criticar aquilo que via como falho em sua sociedade, preocupando-se mais com os fatos (representar as coisas como eram) que com a ideologia, de modo que suas obras não são idealizadas e os pais e os filhos entram em conflitos e não tem relações perfeitas.
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