Português, perguntado por shirleneexecutiva, 11 meses atrás

Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos, em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas leem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais, etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. É esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?

PRADO, Jason (Org.); CONDINI, Paulo (Org.). A formação do leitor: pontos de vista. Rio de Janeiro: Argus, 1999.

Soluções para a tarefa

Respondido por jaquepp83
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Resposta:

Acredito que seja a alternativa IV.

Explicação:

Respondido por elenicelayerjf
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Resposta: As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.

Explicação: I. Em seu texto, Prado e Condini defendem o ato de ler, entretanto, isto não é feito de maneira direta, de modo que uma leitura literal do texto não permite a compreensão de seu real sentido (verdadeira)

II. Os autores fazem uso da ironia em suas afirmações, dizendo o contrário do que se pretende. Ao dizer, por exemplo, que ler seria um problema por gerar indivíduos conscientes demais de seus direitos político, os autores pretendem afirmar o inverso.  verdadeira e justifica a I.

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