Português, perguntado por LayonX0YC, 7 meses atrás

Ler a crônica: O padeiro de Rubem Braga e responder as seguintes questões:

1)A que gênero pertence? Justifique-se expondo as características.

2) Qual a estrutura do texto? Parágrafo, desenvolvimento...

3) O escritor usou a linguagem padrão forma ou informal da língua ?

4) Identifique palavras desconhecidas.

5) Qual o sentido usado pelo escritor, denotativo ou conotativo?

6) Qual o momento em que há um clímax na história?

7) O que mais o chamou a atenção?

pfv preciso até terça feira. CRÔNICA: O PADEIRO

Geralmente as crônicas tratam de assuntos do cotidiano. Rubem Braga escreveu diversas crônicas sobre assuntos aparentemente simples, mas sempre com uma visão especial. A crônica a seguir, foi escrita em 1.956, fala de dois tipos de trabalhador, de como eles trabalhavam há sessenta anos. Conheça o olhar do cronista a respeito.

Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é o lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.

Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:

--- Não é ninguém, é o padeiro!

Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?

“Então você não é ninguém?”

Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era: e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém...

Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.

Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”.

E assobiava pelas escadas.​

Soluções para a tarefa

Respondido por rs929221
6

Resposta:

1) Narrativo, as características são a apresentação das ações de personagens em determinado tempo e espaço.

2) Apresentação, desenvolvimento, Clímax e desfecho

3) Linguagem Informal

4) Albuções, lockout

5) Denotativo

6) --- Não é ninguém é o padeiro

Enderraguei-o uma vez: como tivera a ideia de grudar aquilo?

7) A rotina, e o comer o pão dormido

Explicação:

Espero ter ajudado

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