lenda dos quadros das crianças que choram
Soluções para a tarefa
1. Em julho de 1985, o tabloide britânico The Sun publicou uma matéria sobre um incêndio numa casa no norte da Inglaterra. O único objeto a sobreviver ao fogo foi a pintura de uma criança chorando, assinado por um pintor chamado Giovanni Bragolin. Um bombeiro declarou haver vários outros incêndios nos quais apenas o quadro da criança triste sobrava
2. Nos meses seguintes, o jornal noticiou relatos de dezenas de leitores que possuíam as obras. Elas eram parte de uma série muito popular no país, vendida em lojas ao longo dos anos 1970 e 1980. Um policial relatou ao periódico ter registrado cerca de 50 incêndios relacionados às figuras desde 1973
3. Por serem baratos, elas estavam em todo lugar: o The Sun estimou que havia cerca de 50 mil nos lares ingleses. Leitores desesperados começaram a enviar suas cópias das obras para o jornal, que organizou uma grande fogueira para acabar com a “maldição” e publicou uma matéria a respeito no dia de Halloween
4. Nos anos 90, a história virou lenda urbana no Brasil, onde os quadros também foram comercializados nos anos 1980. Aqui, a história contada era que Bragolin, um pintor fracassado, fez um pacto com o diabo para obter sucesso. Ele teria então sonhado com crianças que eram torturadas e sacrificadas, as quais teria pintado em sua série
5. Bragolin teria escondido mensagens subliminares nos quadros indicando que as crianças estavam mortas, como uma mão envolvendo o pescoço de uma menina e uma criatura engolindo outra. No começo dos anos 1980, ele teria se arrependido e aparecido no programa Fantástico, da TV Globo, implorando para que todos que tivessem uma cópia dos quadros a destruíssem
6. Em 2000, um livro retomou a história. O “pesquisador” George Mallory afirmava que Bragolin era espanhol e seu nome real era Franchot Seville. Um dos retratados seria um garoto de rua que Seville achou em Madri em 1969. Após pintá-lo, Seville teria descoberto que seu nome era Don Bonillo e que tinha ficado órfão quando os pais morreram num incêndio
7. Don Bonillo nunca falava. Ele era conhecido como “Diablo”, porque, por onde passava, incêndios inexplicáveis começavam. Seville teria adotado o garoto. Certo dia, o estúdio do pintor pegou fogo e o artista acusou o órfão, que fugiu em lágrimas. Só se ouviria falar dele de novo em 1976, quando Bonillo, aos 19 anos, teria morrido num acidente de carro