Leia um fragmento de um ensaio, gênero textual de caráter investigativo e analítico, com julgamentos e interpretações pessoais do autor, mas com maior liberdade de expressão e preocupação com o estilo do texto.
O Guesa é apontado pela esparsa crítica como a principal obra do poeta, cuja produção - incluindo ainda, entre outras, Harpas Selvagens, Harpas Eólias, Novo Éden, e as póstumas Harpa de Ouro e Liras perdidas - só não ficou totalmente no esquecimento graças a Augusto e Haroldo de Campos, que, nos anos de 1960, as resgatou primeiro em textos críticos publicados em jornais e depois em ReVisão de Sousândrade, livro publicado em 1964, reeditado em 1979 e 2002, em 3° edição, comemorando o centenário de morte do poeta. O trabalho dos irmãos Campos repôs em circulação os textos de Sousândrade, esquecidos, oudo poeta. O trabalho dos irmãos pos repôs em circulação os textos ousândrade, esquecidos, ou rejeitados, pela crítica literária.
A linguagem fragmentária de O Guesa, com versos elípticos e sintéticos, pareceu estranha aos pares do autor. Em Memorabilia, de 1877, Sousândrade demonstrava ter ciência de que escrevia para uma outra época: "Ouvi dizer já por duas vezes que O Guesa errante será lido 50 anos depois; entristeci - decepção de quem escreve 50 anos antes" (SOUSÂNDRADE, 2002, p. 197). A não compreensão de sua obra fez do autor um estranho. Estrangeiro em outras culturas por onde suas andanças o levaram e estrangeiro em sua própria terra e época. O poeta é um nômade. O nômade Sousândrade se confunde com o personagem que cria, o poeta é o próprio Guesa. Sua errância é tematizada no poema numa conjunção entre vida e obra. O Guesa é um poema composto por treze Cantos, redigido ao longo de trinta anos entre 1854 e 1884. Tendo inacabados os Cantos VI VII XII e XIII ou demonstrava ter ciência de que escrevia uma outra época: "Ouvi dizer já por s vezes que O Guesa errante será lido 50 anos depois; entristeci - decepção de quem escreve 50 anos antes" (SOUSÂNDRADE, 2002, p. 197). A não compreensão de sua obra fez do autor um estranho. Estrangeiro em outras culturas por onde suas andanças o levaram e estrangeiro em sua própria terra e época. O poeta é um nômade. O nômade Sousândrade se confunde com o personagem que cria, o poeta é o próprio Guesa. Sua errância é tematizada no poema numa conjunção entre vida e obra. O Guesa é um poema composto por treze Cantos, redigido ao longo de trinta anos entre 1854 e 1884. Tendo inacabados os Cantos VI, VII, XII e XIII, o poema narra a jornada do Guesa, jovem que deve ser sacrificado ao deus do Sol, conforme a antiga tradição dos índios muíscas da Colômbia. Antes de ser imolado, o Guesa deveria percorrer o Suna, caminho antes percorrido por Bochica, herói civilizador dos muíscas.
[...]
No fragmento lido, as características do gênero ensaio ficam evidentes no trecho?
gabrielyvitaloni:
Preciso de ajuda nessa questão???
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“A não compreensão de sua obra fez do autor um estranho. Estrangeiro em outras culturas por onde suas andanças o levaram e estrangeiro em sua própria terra e época. O poeta é um nômade.”.
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