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Piaget
Piaget, o pensador que melhor e mais profundamente formulou ideias sobre o funcionamento da inteligência humana, descreve-o como contínuo, desde o nascimento de uma pessoa até a fase adulta, relacionando-o a assimilações e acomodações simultâneas e sucessivas, reguladas pela tendência à equilibração.
Comparando a inteligência a um lago: como o lago, a inteligência tem seus momentos de águas tranquilas, é um momento de equilíbrio. Suponhamos que alguém jogue uma pedra no lago: o equilíbrio é quebrado, formando-se círculos concêntricos na sua superfície. Após a água assimilar a pedra, a superfície volta a encontrar o equilíbrio, ou seja, volta ao estado de tranquilidade. Nessa Interação pedra-lago ambos foram transformados e esta é a consequência da visão construtivista do conhecimento: mútua transformação do sujeito e do objeto a ser conhecido. Para aprender o desconhecido temos de colocar nossos esquemas assimilativos funcionando a todo vapor para acomodá-lo ao nosso modo de pensar.
Para Piaget, o desenvolvimento é um processo de equilibrações sucessivas, porém, embora contínuo, é caracterizado por diversas fases, ou etapas, ou períodos, em que uma delas define um momento de desenvolvimento ao longo do qual a criança constrói certas estruturas cognitivas. Desta maneira, Piaget considera que o desenvolvimento passa por quatro etapas distintas: sensório-motora, pré-operatória, operatório-concreta e operatório-formal. (DAVIS & OLIVEIRA, 2003). Cada estágio corresponde às possibilidades e necessidades do pensamento humano, os quais por sua vez, abrem novos possíveis e novos necessários em progressão infinita.
O construtivismo se aplica ao conjunto de fatos reais, constantemente reestruturados pelo sujeito em função dos dois domínios do possível e do necessário, que se ampliam respectivamente sem interrupção (...). As sínteses graduais do possível e do necessário subordinam o real, estruturando-o melhor.
Podemos entender que o possível está relacionado a compreender o objeto e o necessário a estender ou ampliar as ações, coordenando, reorganizando-as no espaço e tempo criando, assim, novos esquemas. Compreender é diferenciar esquemas, é criar novas possibilidades, desenvolvendo assim um senso crítico, tornando-nos capazes de selecionar e escolher. Fazer de outro modo, ousar, ir além dos limites, enfim, aprender superando desafios é estimulante e compensador, é um exercício de aprender a aprender.
É durante as transformações do sujeito e objeto que vamos criando verdades provisórias até chegar às verdades absolutas, mas para chegarmos a uma verdade absoluta precisamos saber ir além dos limites, ousar e construir conhecimento que nos levem a essas verdades. É necessário transformar e não repetir como se tem feito sempre.
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Assinale a alternativa correta:
Piaget descreve o funcionamento da inteligência como contínuo, ao longo da vida de uma pessoa. A partir desse pensamento como deve ser a construção da aprendizagem?
I. Mútua transformação do sujeito e do objeto a ser conhecido.
II. Para aprender temos de colocar nossos esquemas assimilativos para funcionar.
III. Interagir sempre com aquilo que a inteligência quer compreender.
IV. Não existe nenhum mistério em relação ao ensino e à aprendizagem. O que é ensinado é aprendido exatamente igual ao original.
Escolha uma:
a. As afirmativas I, II, III
b. Somente a afirmativa III
c. Somente a afirmativa II
d. As afirmativas II, III, IV
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A) as afirmativas I, II, III. fiz e acerteiii
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