Leia os textos abaixo.
Texto 1
Os amigos na praia
Éramos três velhos amigos na praia quase deserta. O sol estava bom; e o mar, violento. Impossível nadar: as ondas rebentavam lá fora, enormes, depois avançavam sua frente de espumas e vinham se empinando outra vez [...]. Mal a gente entrava no mar a areia descaía de chofre, quase a pique, para uma bacia em que não dava pé; alguns metros além havia certamente uma plataforma de areia onde o mar estourava primeiro. Demos alguns mergulhos, apanhamos fortes lambadas de onda e nos deixamos ficar conversando na praia; o sol estava bom.
Éramos três velhos amigos e cada um estava tão à vontade junto dos outros que não tínhamos o sentimento de estar juntos, apenas estávamos ali. Talvez há 10 ou 15 quinze anos atrás tivéssemos estado os três ali ou em algum outro lugar da praia, conversando talvez as mesmas coisas. Certamente éramos os três mais magros, nossos cabelos eram mais negros... Mas que nos importava isso agora? [...]
BRAGA, Rubem. Os amigos na praia. In: Portal da Crônica Brasileira. Disponível em: . Acesso em: 30 jul. 2021. Fragmento.
Texto 2
Diário
[...] Rubem é, atualmente, a amizade que eu mais prezo. Numa declaração de bens citaria, entre as primeiras coisas: “Conto com a amizade de Rubem Braga”. Homem seco e difícil, trata-me com carinho comovente. Quando viajamos juntos, dá-me a melhor cama do quarto. [...] Alego que ele é mais velho e escreve melhor. Mesmo assim, durmo na cama larga e macia. [...]
Admiro-o, além disso. E muito mais como ser humano que como escritor. Rubem é um homem de bom senso. Só aconselha bem. Quando desaprova, pobre de quem fizer o que ele desaprovou. Sabe querer e conseguir as coisas, no tempo exato. Já o vi pleitear situações ou posses difíceis. Não pede. Mostra-se com direitos líquidos. Queria ser assim. Não sei conseguir nada. Embrulho as palavras. [...]
Queria contar sempre com a amizade e a companhia desse querido amigo. Queria amá-lo e admirá-lo, à medida que o conhecesse cada vez mais. É difícil, porém, manter uma amizade. [...]
MARIA, Antônio. Diário. In: Portal da Crônica Brasileira. Disponível em: . Acesso em: 30 jul. 2021. Fragmento.
No Texto 2, no trecho “Queria amá-lo e admirá-lo...”, (3º parágrafo) a linguagem utilizada é
arcaica.
coloquial.
padrão.
regional.
Soluções para a tarefa
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padrão.
Por quê a linguagem esta considerada "correta".
a linguagem arcaica:palavras ou expressões que perderam a sua utilidade e deixaram de surgir na nossa linguagem.
linguagem coloquial: é uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a atenção total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação oral.
linguagem regional o nome mesmo já diz.
Boa sorte!=)
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