LEIA OS POEMAS ABAIXO. E DEPOIS FAÇA O SEU, BASEADO NA CRITICIDADE SOCIAL.
Texto 1.
Não há vagas
(Ferreira Gullar)
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão.
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
– porque o poema, senhores,
está fechado: “não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira.
GULLAR, Ferreira. “Não há vagas”.
In: Toda Poesia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980. p. 224
Texto 2.
"Dois e Dois são Quatro"
(Ferreira Gullar)
Como dois e dois são quatro
Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
E a liberdade pequena
Como teus olhos são claros
E a tua pele, morena
como é azul o oceano
E a lagoa, serena
Como um tempo de alegria
Por trás do terror me acena
E a noite carrega o dia
No seu colo de açucena
- sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
e a liberdade pequena.
Soluções para a tarefa
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Resposta: O primeiro poema fala sobre o preço absurdo de alimentos
O segundo poema fala sobre sobre uma pessoa que o autor conheceu
Explicação:
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