Leia os fragmentos a seguir, de um poema de Álvaro de Campos, um dos heterônimos de Fernando Pessoa. 01 NÃO: Não quero nada. 02 Já disse que não quero nada. [...] 03 Não me tragam estéticas! 04 Não me falem em moral! 05 Tirem-me daqui a metafísica! 06 Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas 07 Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) – 08 Das ciências, das artes, da civilização moderna! [...] 09 Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável? 10 Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa? 11 Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade. 12 Assim, como sou, tenham paciência! 13 Vão para o diabo sem mim, 14 Ou deixem-me ir sozinho para o diabo! 15 Para que havemos de ir juntos? [...] 16 Ó céu azul – o mesmo da minha infância – 17 Eterna verdade vazia e perfeita! 18 Ó macio Tejo ancestral e mudo, 19 Pequena verdade onde o céu se reflete! 20 Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje! 21 Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta. 22 Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo... 23 E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho! Assinale a alternativa correta, com relação a esses fragmentos. a) No poema, o eu lírico expressa toda a sua euforia com a modernidade. b) Nos versos 03 a 15, o eu lírico expressa sua recusa às ciências, à metafísica e às artes; aceita, apenas, a vida quotidiana. c) Nos versos 16 a 21, o eu lírico faz uma pausa na irreverência ao lembrar-se da infância, alterando o tom do poema. d) O poema revela um passado feito da melancolia de uma infância incompreendida. e) O poema expressa um apelo a todas as crianças de Lisboa.
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Resposta:
a ) No poema, o eu lírico expressa toda a sua euforia com a modernidade
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a ) No poema, o eu lírico expressa toda a sua euforia com a modernidade
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