Leia os dois poemas transcritos abaixo para responder as questões. Poema I Ângela: Anjo no nome, Angélica na cara! Isso é ser flor, e Anjo juntamente: Ser Angélica flor, e Anjo florente* Em quem, senão em vós, se uniformara? Quem vira uma tal flor, que a não cortara, De verde pé, da rama florescente? A quem um Anjo vira tão luzente Que por seu Deus o não idolatrara? Se pois como Anjo sois dos meus altares, Fôreis o meu custódio*, e minha guarda, Livrara eu de diabólicos azares. Mas vejo que tão bela, e tão galharda, Posto que os Anjos nunca dão pesares, Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda. Poema II O Amor é finalmente um embaraço de pernas, uma união de barrigas, um breve tremor de artérias. Uma confusão de bocas, uma batalha de veias, um rebuliço de ancas; quem diz outra coisa, é besta. Ardor em firme coração nascido; Pranto por belos olhos derramado; Incêndio em mares de água disfarçado; Rio de neve em fogo convertido: Tu, que em um peito abrasas escondido; Tu, que em um rosto corres desatado; Quando fogo, em cristais aprisionado; Quando cristal, em chamas derretido. 1. Uma das características do barroco é o conflito, o paradoxo, que aparece tanto na poesia religiosa como na poesia lírica. Com base na leitura dos textos, faça um comentário crítico comparando os dois poemas de modo a destacar conflito e paradoxo na poesia de Gregório de Matos. Seu texto deve ter de 8 a 10 linhas. 2. “No plano sintático, predominam as frases nominais, confirmando a observação feita a nível morfológico. A simetria reaparece como processo formador do poema. De fato, há uma repetição sistemática da mesma sequência sintática, em conjuntos binários, organizados horizontalmente, ou seja, no interior do verso, ou verticalmente, isto é, verso com verso”. (AZEVEDO, Neroaldo Pontes. “A Propósito de Gregório de Matos”, in: Cahiers du monde hispanique et luso-brésilien, n°33, 1979. pp. 157-164.) O comentário acima foi extraído de um estudo sobre a poesia atribuída a Gregório de Matos e Guerra. Nele, como se vê, o autor defende a predominância de frases nominais, que se sobrepõem às frases verbais. Identifique e transcreva de cada um dos poemas um exemplo de frase nominal e um exemplo de frase verbal.
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1. O paradoxo está presente na poesia de Gregório de Matos como grande característica da linguagem barroca. A inquietação bem como a inconformidade do homem é retratada por intermédio de uma realidade regada por dualidade entre corpo e alma, razão e fé.
2. Uma frase nominal é aquela na qual de forma mais simplificada, o verbo não pode ser facilmente identificado, mas de fato, ele está presente na mesma. É o exemplo da seguinte frase do texto acima: " A quem um Anjo vira tão luzente Que por seu Deus o não idolatrara?".
Já uma frase verbal pode ser apresentada como aquelas que apresentam verbos além de orações claramente bem colocadas e definidas, como nota-se em: "Isso é ser flor, e Anjo juntamente: Ser Angélica flor, e Anjo florente".
desantosmarinhp5hmcx:
faltou a pergunta 1 e são duas frases nominais è duas verbais de cada texto sua resposta está incompleta.
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