Leia o trecho de um sermão do padre Antônio Vieira.
"E que coisa há na confusão deste mundo mais semelhante ao inferno, que qualquer
destes vossos Engenhos, e tanto mais, quanto de maior fabrica? Por isso foi tão bem
recebida aquela breve e discreta definição de quem chamou a um engenho de açúcar
doce inferno. E verdadeiramente quem vir na escuridade da noite aquelas fornalhas
tremendas perpetuamente ardentes; as labaredas que estão saindo a borbotões de cada
uma pelas duas bocas, ou ventas, por onde respiram o incêndio; os etíopes, ou ciclopes
banhados em suar tão negros como robustos que subministram a grossa e dura matéria
ao fogo (...); o ruído das rodas, das cadeias, da gente toda da cor da mesma noite,
trabalhando vivamente, e gemendo tudo ao mesmo tempo sem momento de tréguas, nem descanso; quem vir enfim toda a máquina e aparato confuso e estrondoso daquela
Babilônia, não poderá duvidar, ainda que tenha visto Etnas e Vesúvios, que é uma
semelhança dos infernos".
(PÉCORA, Alcir (org.) Sermões. Padre Antônio Vieira. São Paulo: Hedra, 2001. Sermão XIV. p. 655-
656).
1- Pesquise e faça um pequeno resumo sobre o funcionamento de um engenho colonial,
desde o plantio da cana até a confecção do açúcar.
A) A que etapa da produção do açúcar o padre Antônio Vieira se refere?
B) Qual era a mão de obra predominantemente utilizada na confecção do açúcar? Retire
do texto um trecho que comprove a origem dessa mão de obra.
C) Pela descrição, é possível perceber qual o horário de funcionamento do engenho
durante o fabrico do açúcar, sobretudo na fase descrita no trecho? Justifique.
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1.
A)
Depois de a cana ser plantada e colhida tem a moagem da cana, quando o caldo de cana extraído. Depois era colocado em grandes tachos de cobre ou formas e submetido a fogo até atingir o "ponto certo", quando então era transferido para um tanque onde era submetido a agitação, para acelerar a cristalização do açúcar, sendo depois despejado em formas até resfriar e endurecer. Após a cristalização, o mel excedente, não cristalizado, era extraído, por decantação, através de um orifício na parte inferior da forma.
Tinha dois tipos diferentes de açúcar no Brasil colonial: o mascavo, de coloração escura e escoado para o mercado interno; e o branco, em sua grande maioria direcionado aos consumidores do Velho Mundo
B) Escravos vindos da África. "E verdadeiramente quem vir na escuridade da noite aquelas fornalhas
tremendas perpetuamente ardentes; as labaredas que estão saindo a borbotões de cada
uma pelas duas bocas, ou ventas, por onde respiram o incêndio; os etíopes, ou ciclopes
banhados em suar tão negros como robustos que subministram a grossa e dura matéria
ao fogo (...); o ruído das rodas, das cadeias, da gente toda da cor da mesma noite,"
C) A noite. "E verdadeiramente quem vir na escuridade da noite aquelas fornalhas
tremendas perpetuamente ardentes;" "o ruído das rodas, das cadeias, da gente toda da cor da mesma noite"
A)
Depois de a cana ser plantada e colhida tem a moagem da cana, quando o caldo de cana extraído. Depois era colocado em grandes tachos de cobre ou formas e submetido a fogo até atingir o "ponto certo", quando então era transferido para um tanque onde era submetido a agitação, para acelerar a cristalização do açúcar, sendo depois despejado em formas até resfriar e endurecer. Após a cristalização, o mel excedente, não cristalizado, era extraído, por decantação, através de um orifício na parte inferior da forma.
Tinha dois tipos diferentes de açúcar no Brasil colonial: o mascavo, de coloração escura e escoado para o mercado interno; e o branco, em sua grande maioria direcionado aos consumidores do Velho Mundo
B) Escravos vindos da África. "E verdadeiramente quem vir na escuridade da noite aquelas fornalhas
tremendas perpetuamente ardentes; as labaredas que estão saindo a borbotões de cada
uma pelas duas bocas, ou ventas, por onde respiram o incêndio; os etíopes, ou ciclopes
banhados em suar tão negros como robustos que subministram a grossa e dura matéria
ao fogo (...); o ruído das rodas, das cadeias, da gente toda da cor da mesma noite,"
C) A noite. "E verdadeiramente quem vir na escuridade da noite aquelas fornalhas
tremendas perpetuamente ardentes;" "o ruído das rodas, das cadeias, da gente toda da cor da mesma noite"
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