Leia o trecho abaixo:
Com efeito, para que sejam favorecidos os mais favorecidos e desfavorecidos os mais desfavorecidos, é necessário e suficiente que a escola ignore, no âmbito dos conteúdos do ensino que transmite, dos métodos e técnicas de transmissão e dos critérios de avaliação, as desigualdades culturais entre as crianças das diferentes classes sociais. Em outras palavras, tratando todos os educandos, por mais desiguais que sejam eles de fato, como iguais em direitos e deveres, o sistema escolar é levado a dar a sua sanção às desigualdades iniciais diante da cultura. (Pierre Bourdieu).
1. Sobre o Pierre Bourdieu, marque a alternativa INCORRETA: *
1 ponto
Bourdieu procurou integrar a sociologia a análise das chamadas relações simbólicas: por exemplo, prestígio e status social influenciam tanto (ou mais) na posição que o indivíduo ocupa dentro da sociedade.
Para o autor, existem diferentes tipos de capital: além do capital econômico (os recursos materiais), há um capital cultural (conhecimentos), capital social (relações) e Capital simbólico (prestígio).
Para Bourdieu uma das instituições que mais impõe violência simbólica é a escola.
Para Bourdieu, o conceito de habitus não é relevante para analisar a vida social.
2. Leia o trecho a: “Não temos de ter medo da globalização. Temos de ter competência para nos inserir.” (Fernando Henrique Cardoso). Sobre a Sociologia Contemporânea, marque a alternativa INCORRETA: *
1 ponto
Para Elias, a sociedade, em seu estado presente é resultado de um conjunto de formas diversas, de domesticação do corpo e da alma chamado de processo civilizador.
Para Foucault, a construção do corpo como objeto de controle é central. O corpo é visto como objeto a ser docilizado e domesticado, controlado a partir de mecanismos que produzam rendimento.
Um componente fundamental da análise de Anthony Giddens para a pós-modernidade é a reflexividade: ou seja, a capacidade que os próprios atores sociais têm de entender e modificar os processos nos quais estão inseridos.
O processo civilizador de Elias não controla os instintos dos seres humanos.
Soluções para a tarefa
1- A alternativa incorreta compreende a letra D. Isso porque, para Bourdieu, o conceito de habitus é sim relevante, e associa-se com a forma com que os indivíduos observam o mundo social ao seu redor. Por isso, é relevante para analisar a vida social.
Sendo assim, para Bourdieu, o conceito de Habtius refere-se às relações sociais que são estabelecidas nos âmbitos sociais e na análise dos indivíduos e de grupos.
Segundo Bourdieu, a alternativa INCORRETA é: D.
Bourdieu, ao analisar a sociedade, retoma a ideia de habitus do vocabulário aristotélico e afirma que todos possuem habitus. Habitus é um processo que o agente passa e o faz adquirir bagagem à medida que se encontra atuando na sociedade.
A partir desses costumes e capacidades, o agente ganha capitais, isto é, riquezas que vão além das econômicas e que é manifestação na sociedade. São eles: capital econômico (dinheiro, bens), capital cultural (conhecimento e competências), capital social (relações humanas) e capital simbólico (prestígio social).
Assim, o homem acaba entrando em um ciclo sem fim. Ao longo da sua vida, ele é treinado para se posicionar de terminado jeito, a fim de adquirir status.
A escola ajuda nesse processo de falsa identidade ao cultivar conhecimentos que não são úteis aos alunos e a se curvar a saberes impostos pela sociedade, ratificando a descriminação e o processo avaliativo individualizador.
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Sobre a sociologia contemporânea: LETRA D
O sociólogo Norbert Elias concebe a sociedade de maneira crítica, pois rejeita as concepções estruturalista e funcionalista da sociedade.
Para o pensador não se pode impor limites ao processo social, pois ele é complexo e interdisciplinar. Na sociedade, tudo é interligado e não se pode separar ciências ou pensar em funções sociais desarticuladas.
A sociedade se configura através de estruturas, mas que não se entendem como as colocadas pelo estruturalismo ou pelo funcionalismo. Os homens agem pela necessidade e pelo processo civilizador, que domestica os seus atos.
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